Composição Corporal e Expansão Torácica em Indivíduos que Vivem e Convivem com Atrofia Muscular Espinhal Tipo II e III

Autores

  • Míriam Raquel Meira Mainenti Augusto Motta University Center; Federal University of Rio de Janeiro.
  • Raíssa Christina Mendes de Sousa Augusto Motta University Center.
  • Cristina Márcia Dias Augusto Motta University Center.
  • Susana Ortiz Costa Augusto Motta University Center.
  • Arthur De Sá Ferreira Augusto Motta University Center.
  • Carla Peixoto Vinha de Souza Federal University of Rio de Janeiro.
  • Alexandra Prufer de Queiroz Campos Araújo Federal University of Rio de Janeiro.

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.61291

Palavras-chave:

doenças neuromusculares, impedância elétrica, distribuição da gordura corporal, antropometria, pulmão

Resumo

Resumo
Introdução: pacientes com atrofia muscular espinhal apresentam fraqueza muscular, problemas ortopédicos, complicações alimentares e declínio da função respiratória. Alterações na massa magra e na massa gorda também são esperadas. Objetivo: verificar a composição corporal e a expansão torácica de pacientes com atrofia muscular espinhal tipo II e III. Método: foram avaliados 14 indivíduos, sete no Grupo I (pacientes) com 9 (7 - 12) anos, 29,7 (23,5 - 60,0) kg; e sete no Grupo II (sem a doença) com 9 (9-12) anos, 31,0 (27,8 - 54,1) kg. A análise da composição corporal foi
obtida pela bioimpedância elétrica monofrequencial. Os perímetros de tórax, quadril e abdômen foram medidos com uma fita métrica. As análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS (p < 0,05). Resultados: os pacientes apresentaram maior impedância: 1416,9 (850,5 - 1559,1) vs
788,0 (68 3, 6 - 853,8), P < 0,05; e percentual de gordura: 31,2 (23,9 - 46,6) vs 19,1 (14,9 - 27,0)%, P<0,05. A diferença entre a perimetria de tórax em inspiração forçada e em expiração forçada foi menor para os pacientes em comparação com o Grupo II: 3,0 (0,8 - 4,4) vs. 5,0 (3,9 - 6,5) cm, P < 0,05. Conclusão: pacientes com amiotrofia muscular espinhal apresentaram maior adiposidade e menor expansão torácica.

Referências

D’Amico A, Mercuri E, Tiziano FD, Bertini E. Spinal muscular atrophy. Orphanet J Rare Dis. 2011; 6(71).

Tsirikos AI, Baker ADL. Spinal muscular atrophy: Classification, aetiology, and treatment of spinal deformity in children and adolescents. Curr Orhop. 2006; 20 (6): 430-445.

Markowitz JA, Singh P, Darras BT. Spinal Muscular Atrophy: A Clinical and Research Update. Pediatr Neurol. 2012; 46(1): 1-12.

Araújo APQC, Ramos VG, Cabello PH. Dificuldades diagnósticas na atrofia muscular espinhal. Arq Neuropsiquiatr. 2005; 63(1): 145-149.

Oliveira CM, Araújo APQC. Self-reported quality of life has no correlation with functional status in children and adolescents with spinal muscular atrophy. Eur J Paediatr Neurol. 2011; 15(1): 36-39.

Wang CH, Finkel RS, Bertini ES, Schroth M, Simonds A, Wong B et al. Consensus Statement for Standards of Care in Spinal Muscular Atrophy. J Child Neurol. 2007; 22(8): 1027-1049.

Baioni MTC, Ambiel CR. Spinal muscular atrophy: diagnosis, treatment and future prospects. J Pediatr. 2010; 86(4): 261-270.

Darbar IA, Plaggert PG, Resende MBD, Zanoteli E, Reed UC. Evaluation of muscle strength and motor abilities in children with type II and III spinal muscle atrophy treated with valproic acid. BMC Neurology. 2011; 11(36).

Paschoal IA, Villalba WO, Pereira MC. Insuficiência respiratória crônica nas doenças neuromusculares: diagnóstico e tratamento. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2007; 33 (1):81-92.

Messina S, Pane M, De Rose P, Vasta I, Sorleti D, Aloysius A et al. Feeding problems and malnutrition in spinal muscular atrophy type II. Neuromuscul Disord. 2008; 18: 389-393.

Sproule DM, Montes J, Montgomery M, Battista V, Koenigsberger D, Shen W et al. Increased fat mass and high incidence of overweight despite low body mass index in patients with spinal muscular atrophy. Neuromuscul Disord. 2009; 19: 391-396.

Sproule DM, Montes J, Dunaway S, Montgomery M, Battista V, Koenigsberger D et al. Adiposity is increased among High-Functioning, Non-Ambulatory Patients with Spinal Muscular Atrophy. Neuromuscul Disord. 2010; 20(7): 448-452.

Rutkove SB, Shefner JM, Gregas M, Butler H, Caracciolo J, Lin C et al. Characterizing Spinal Muscular Atrophy with Electrical Impedance Myography. Muscle & Nerve. 2010; 42: 915-921.

De Lorenzo A, Sorge SP, Iacopino L, Andreoli A, De Luca PP, Sasso GF. Fat-free mass by bioelectrical impedance vs dual-energy Xray absorptiometry (DXA). Appl Radiat Isot. 1998; 49:739-41.

Fagundes U, Kopelman B, Oliva CAG, Baruzzi RB, Fagundes-Neto U. Avaliação do estado nutricional e da composição corporal das crianças índias do Alto Xingu e da etnia Ikpeng. J Pediatr. 2004; 80(6): 483-489.

Rosa CSC, Messias KP, Fernandes RA, Silva CB, Monteiro HL, Freitas Jr IFF. Atividade física habitual de crianças e adolescentes mensurada por pedômetro e sua relação com índices nutricionais. Rev Bras Cineantropom

Desempenho Hum 2011; 13(1): 22-28.

Mainenti MRM, Rodrigues EC, Oliveira JF, Ferreira AS, Dias CM, Silva ALS. Adiposity and postural balance control: Correlations between bioelectrical impedance and stabilometric signals in elderly Brazilian women. Clinics. 2011; 66(9): 1513-1518.

Poeta LS, Duarte MFS, Giuliano ICB, Farias Jr JCF. Intervenção interdisciplinar na composição corporal e em testes de aptidão física de crianças obesas. Rev Bras Cineantropom Desempenho H; 2012, 14(2): 134-143.

Barbiero EF, Vanderlei LCM, Nascimento PC, Costa MM, Scalabrini Neto A. Influência do biofeedback respiratório associado ao padrão quiet breathing sobre a função pulmonar e hábitos de respiradores bucais funcionais. Rev Bras Fisioter. 2007; 11(5): 347-353.

Caromano FA, Gomes ALO, Pinto AN, Góes ER, Hirouse LN, Assis SNB et al. Correlação entre massa de gordura corporal, força muscular, pressões respiratórias máximas e função na Distrofia Muscular de Duchenne. Conscientiae Saúde. 2010; 9(3): 423-429.

ISAK – International Society for the Advancement of Kinanthropometry. International Standards for Anthropometric Assessment. Australia: ISAK, 2001.

Rabito EI, Vannucchi GB, Suen VMM, Castilho Neto LL, Marchini JS. Weight and height prediction of immobilized patients. Rev Nutr. 2006; 19 (6): 655-661.

Rezende FAC, Rosado LEFPL, Franceschinni SCC, Rosado GP, Ribeiro RCL. Avaliação da aplicabilidade de fórmulas preditivas de peso e estatura em homens adultos. Rev Nutr. 2009; 22(4): 443-451.

Chuang Y-C, Hsu K-H, Wang C-J, Hu P-M, Lin TM, Chiou W-K. Waist-to-thigh ratio can also be a better indicator associated with type 2 diabetes than traditional anthropometrical measurements in taiwan population. Ann

Epidemiol. 2006; 16(5): 321-331.

Leroy-Willig A, Willig TN, Henry-Feugeas MC, Frouin V, Marinier E, Boulier A et al. Body composition determined with MR in patients with Duchenne Muscular Dystrophy, Spinal Muscular Atrophy and normal subjects. Magn Reson Imagin. 1997; 15(7): 737-744.

Wu JA, Darras BT, Rutkove SB. Assessing spinal muscular atrophy with quantitative ultrasound. Neurology. 2010; 75(10): 526-531.

Pontes JF, Ferreira GMH, Fregonezi G, Sena-Evangelista KCM, Dourado Junior ME. Força muscular respiratória e perfil postural e nutricional em crianças com doenças neuromusculares. Fisioter Mov. 2012; 25(2): 253-261.

Luiz RR. Métodos Estatísticos em Estudo de Concordância. In: Medronho RA, Bloch KV, Luiz RR, Werneck GL. Epidemiologia. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2008.

Bach JR, Kang SW. Disorders of ventilation weakness, stiffness and mobilization. Chest. 2000; 117:301-303.

Lima VFAP, Lima WP. Comparação da porcentagem de gordura em escolares de 6 a 8 anos pelos métodos de perimetria e dobras cutâneas. Sinergia. 2007; 8(2): 135-143.

Publicado

2013-08-23

Edição

Seção

Artigos Originais