A Retórica a Alexandre e os oradores áticos

Autores

  • Pierre Chiron Université de Paris XII – Val de Marne

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i4p109-136

Palavras-chave:

retórica grega pré-aristotélica, oradores áticos, Retórica a Alexandre

Resumo

O primeiro avatar da retórica não é passar do estado de preceitos ao estado de discursos? Infelizmente, aquele ou aquela que procura enriquecer a leitura dos oradores gregos antigos através de uma comparação com o código de prescrições elaborado pelos retores tropeça numa dificuldade: nossa documentação técnica se enriquece, com a Retórica de Aristóteles, no momento mesmo em que a prática oratória declina. Hesita-se, então, com razão, em estabelecer correlações entre as duas, ainda mais que se pode atribuir a Aristóteles uma verdadeira reforma da retórica: com ele, mesmo se uma boa parte do material técnico se mantém, os princípios, o método e a terminologia evoluem consideravelmente. Existe, todavia, um tratado que – sendo bastante próximo cronologicamente da Retórica de Aristóteles – fornece, sem dúvida, considerada a sua data (c. 340?) e sua orientação sofística, uma ampla visão sobre o ensinamento dos retores pré-aristotélicos: trata-se da Retórica a Alexandre, correntemente atribuída, desde Pier Vettori, a Anaxímenes de Lâmpsaco. Propomos, aqui, estabelecer as grandes linhas de um método destinado a explorar sistematicamente essa versão antiga do código retórico para a exegese dos oradores áticos, e apresentar algumas de suas aplicações.

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Publicado

2000-10-14

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A Retórica a Alexandre e os oradores áticos. (2000). Letras Clássicas, 4, 109-136. https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i4p109-136