Notas sobre o genus commune dos nomes na gramática latina.

Autores

  • Guillaume Bonnet Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i11p91-103

Palavras-chave:

gêneros nominais, commune e promiscuum “comun e epiceno”, determinação morfológica e referencial do gênero.

Resumo

Os gramáticos latinos distinguem, primeiramente, três gêneros nominais, que se apóiam imperfeitamente no plano referencial, mas são sustentados pela evidência morfológica, a saber: o masculino, o feminino e o neutro, o qual recobre o que não é, do ponto de vista do sexo, “nem um nem o outro”. Daí, distinguem um gênero commune, entendido primeiramente como o gênero do que é “tanto um como o outro”. Enfim, reservam lugar a um último gênero, o epiceno grego, dito em latim promiscuum, que se distingue por dissociar o gênero do significante do sexo do significado, sendo por isso posto à margem dos outros genera, que remetem, positivamente ou in absentia, ao sexus. Constata-se nos gramáticos latinos, porém, uma flutuação normativa dos gêneros, a qual se deve à heterogeneidade da categoria do gênero praticada por aqueles gramáticos, uma vez que commune e promiscuum não são propriamente gêneros, já que desprovidos de apoio morfológico próprio, mas antes modos de referência, respectivamente motivada e arbitrária, à esfera extralingüística.

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Publicado

2007-12-19

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Notas sobre o genus commune dos nomes na gramática latina. (2007). Letras Clássicas, 11, 91-103. https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i11p91-103