Este artigo apresenta uma análise do funcionamento da estereotipia e do ritmo na literatura de cordel. Tomamos como fundamentação teórica e metodológica a Análise de Discurso materialista. Para a constituição do corpus discursivo utilizamos folhetos nordestinos que retratam a figura feminina. Esses folhetos se encontram no acervo de Literatura de Cordel do CEDAE/UNICAMP. Compreendemos, nesta análise, que o entrecruzamento entre o ritmo e a estereotipia produz um efeito de ludicidade que permite que a moral, constitutiva dos discursos do cordel, circule mais facilmente entre os interlocutores.