A carta de Émile Zola ao Capitão Dreyfus, cuja tradução é o tema deste trabalho, faz parte da coletânea de cartas organizadas pelo próprio Zola a respeito do caso Dreyfus, e publicadas no Jornal Aurore no período de 1897 a 1900. Acusado de traição à pátria, o jovem capitão de origem judaica foi julgado e condenado à degradação militar e à prisão em exílio. Tendo o processo corrido em segredo de justiça, na Justiça Militar, esse caso ganhou repercussão internacional. Assim, Émile Zola, então chefe da Escola Naturalista e presidente da Société des Gens de Lettres, tomou partido em favor do capitão e, engajandose no caso, publicou diversas cartas abertas. Esta carta foi escrita após o acórdão de revisão do processo, anulando o julgamento de 1894, e antes da instauração de um novo processo. Dreyfus é reenviado diante do Conselho de Guerra de Rennes. Nesse contexto de efervescência política, Zola fala a Dreyfus da atuação de seu irmão e de sua esposa na luta pela anulação do primeiro julgamento, de seu sentimento e da esperança de que a justiça, enfim, seja feita
Biografia do Autor
Rosane Mavignier Guedes, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Mestranda em Estudos Linguísticos Neolatinos - Francês - pela UFRJ