Sentenças bitransitivas e objeto indireto no português brasileiro

Autores

  • Maria Aparecida Torres Morais Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v25i2p25-50

Palavras-chave:

português europeu, português brasileiro, bitransitiva, aplicativo, dativo

Resumo

Adotando uma perspectiva comparativa, propomos que o PB se diferencia do PE na codificação gramatical dos argumentos dativos (objetos indiretos). Com base na teoria dos núcleos aplicativos, proposta em Pylkkänen 2008, e numa abordagem mais refinada da bitransitividade, explorada em Cuervo 2003/2010, propomos que inovações nas estratégias de realização do objeto indireto pronominal, levando à perda dos clíticos lhe/lhes nos usos anafóricos de 3ª pessoa, relacionam-se à perda da preposição a como marcador de caso dativo. Tais mudanças atestam a perda da expressão morfossintática da bitransitividade no português brasileiro, em oposição ao português europeu. Nossa proposta é que a variação interlinguística resulta de uma mudança paramétrica, definida na perda do núcleo aplicativo baixo no português brasileiro. Por fim mostramos que a conexão entre Caso dativo e expressão de parâmetros sustenta a teoria dos Princípios e Parâmetros, segundo a qual a variação é determinada no léxico, em termos dos traços das categorias funcionais.

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Publicado

2012-12-10

Como Citar

MORAIS, Maria Aparecida Torres. Sentenças bitransitivas e objeto indireto no português brasileiro. Linha D’Água, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 25–50, 2012. DOI: 10.11606/issn.2236-4242.v25i2p25-50. Disponível em: https://revistas.usp.br/linhadagua/article/view/47713.. Acesso em: 18 abr. 2024.