A regência do verbo ir de movimento por falantes cultos de Fortaleza – CE: relação entre ensino e pesquisa

Autores

  • Regina Cláudia Pinheiro Universidade Estadual do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v27i1p57-72

Palavras-chave:

Sociolinguística variacionista, Regência do verbo ir de movimento, Gramática, Ensino, Pesquisa.

Resumo

Este artigo objetiva descrever e analisar o uso das variantes linguísticas da regência do verbo ir de movimento utilizadas por falantes do português oral culto de Fortaleza - CE, bem como verificar quais fatores condicionam sua utilização, traçando um paralelo entre os resultados da pesquisa e as orientações contidas nos manuais de ensino. Para tanto, fizemos incursões em manuais didáticos e analisamos pesquisas realizadas sobre o assunto. Lançamos mão, também, dos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2003 e 2008; CAMACHO, 2001) e utilizamos o programa estatístico VARBRUL, a fim de saber quais preposições são utilizadas pelos falantes cultos de Fortaleza - CE e os fatores linguísticos e/ou extralinguísticos que condicionam esse uso, utilizando o corpus PORCUFORT (Português Oral Culto de Fortaleza). Os resultados comprovaram que o fator tempo de permanência condiciona a preposição para. O referido fator também condiciona o uso das preposições a e em quando o tempo de permanência no lugar é menor. Além disso, mostraram que os fatores tempo verbal (pretérito) e idade (de 25 a 40 anos) condicionam o uso de a e em, respectivamente. Concluímos que os manuais de ensino citados, com o intuito de desenvolver a norma culta padrão, desconsideram a realidade dos falantes.

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Biografia do Autor

  • Regina Cláudia Pinheiro, Universidade Estadual do Ceará
    Professora da Universidade Estadual do Ceará, lotado no Centro de Educação, Ciências e Tecnologias da Região dos Innhamuns. Doutora em Linguística pela Universidade Federal do Ceará.

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Publicado

2014-06-30

Como Citar

PINHEIRO, Regina Cláudia. A regência do verbo ir de movimento por falantes cultos de Fortaleza – CE: relação entre ensino e pesquisa. Linha D’Água, [S. l.], v. 27, n. 1, p. 57–72, 2014. DOI: 10.11606/issn.2236-4242.v27i1p57-72. Disponível em: https://revistas.usp.br/linhadagua/article/view/77807.. Acesso em: 29 mar. 2024.