O fantástico, a mulher e a significação social do insólito no conto "As flores" de Augusta Faro

Autores

  • Analice de Sousa Gomes Universidade Federal de Goiás
  • Renata Rocha Ribeiro Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9826.literartes.2017.115130

Palavras-chave:

fantástico, insólito, mulher, patriarcalismo, identidade.

Resumo

O presente trabalho possui como objeto de estudo o conto As flores (2001) da autora goiana Augusta Faro. A fim de identificar na narrativa as características do gênero fantástico, marcado pela hesitação perante acontecimentos insólitos e a influência destes aspectos para os possíveis significados na trajetória da mulher e seus avanços numa sociedade marcada por preceitos patriarcais. A análise é permeada por fatores que refutam a hegemonia da ideologia de superioridade masculina e consequentemente de marginalização e preconceito da mulher. Considerada sem identidade própria, deveria existir apenas para cumprir atividades domésticas e de gestação. Mas, que vem conquistando espaço e presenciando a decadência do patriarcalismo e seus ideais de dominação. Deste modo, por se caracterizar como uma pesquisa bibliográfica é baseada em teóricos como Todorov (2014), Bessière (2009), Sartre (2005), Beauvoir (1970), Araújo (2010), dentre outros.

Biografia do Autor

  • Analice de Sousa Gomes, Universidade Federal de Goiás
    Universidade Federal de Goiás. Discente do Programa de Pós-graduação em Letras e Línguiística, mestrado, área de concentração: Estudos Literários
  • Renata Rocha Ribeiro, Universidade Federal de Goiás

    Doutora em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás.

    Docente do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás.

    Área de concentração: Estudos Literários

     

Referências

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Publicado

2017-12-23

Como Citar

GOMES, Analice de Sousa; RIBEIRO, Renata Rocha. O fantástico, a mulher e a significação social do insólito no conto "As flores" de Augusta Faro. Literartes, São Paulo, Brasil, v. 1, n. 7, p. 162–179, 2017. DOI: 10.11606/issn.2316-9826.literartes.2017.115130. Disponível em: https://revistas.usp.br/literartes/article/view/115130.. Acesso em: 18 abr. 2024.