A BATALHA FINAL: RIOBALDO NA ENCRUZILHADA DOS FANTASMAS
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i10p109-117Palavras-chave:
Freud, Guimarães Rosa, Hamlet, psicanálise, inibição, inconsciente.Resumo
Instigada pelo desfalecimento de Riobaldo na batalha final entre Hermógenes e Diadorim, no romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, pretendo discutir o desapossamento do sujeito no momento crucial do enredo, tendo como pano de fundo intersecções da psicanálisecom estudos interpretativos da tragédia de Hamlet. A impossibilidade de ação do narrador/protagonista, que na face do chefe jagunço Urutu-Branco sente a potência do corpo
esvair-se, define o desenlace trágico do romance. A cena mobiliza uma reflexão sobre o ato e sua inibição, buscando novos planos de sentidos simultâneos ao caráter fáustico inequívoco. O combate fatal e o pacto serão articulados de forma a revelar imprevistas identificações fantasmáticas do protagonista em sua travessia. Freud e Anatol Rosenfeld serão mobilizados para construir um pensamento que ilumine a trama em seus aspectos temáticos e estilísticos.
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Publicado
2007-12-06
Edição
Seção
Ensaios
Como Citar
Rosenbaum, Y. (2007). A BATALHA FINAL: RIOBALDO NA ENCRUZILHADA DOS FANTASMAS. Literatura E Sociedade, 12(10), 109-117. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i10p109-117