Vozes negras na cantoria (1870-1925) O caso de Severino Perigo

Autores

  • Paulo Teixeira Iumatti Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i19p100-116

Palavras-chave:

Herança escravista no Brasil, cantoria, cantadores negros, memória social.

Resumo

Trata-se de investigar a formação de um espaço ritual de interseção entre negros e “brancos”, em meio à sociedade escravista, no âmbito do universo da cantoria em províncias do chamado Norte do Brasil a partir de meados do século XIX. Tal espaço se constituiu em meio à crise da escravidão como instituição, e se articulou, a partir da Abolição, de forma a não favorecer a presença dos cantadores negros – que, no entanto, continuaram, em parte, atuantes.  Aspectos desse processo de exclusão, que envolveu, dentre outros fatores, disputas acirradas pela memória na sociedade, nas obras dos folcloristas e nos folhetos de cordel, são estudados pela análise dos rastros da trajetória e da performance do cantador “não profissional” paraibano Severino Perigo, registrado em 1925 por Leonardo Mota. Argumentamos que, na leitura crítica da relação folclorista/informante, o estudo das construções simbólicas em torno do corpo e da voz é particularmente profícuo.

 

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Biografia do Autor

  • Paulo Teixeira Iumatti, Universidade de São Paulo
    Doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo 

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Publicado

2015-04-13

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Vozes negras na cantoria (1870-1925) O caso de Severino Perigo. (2015). Literatura E Sociedade, 19(19), 100-116. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i19p100-116