Como nasce um museu: Lygia Fagundes Telles e os bastidores do desconhecido Museu da Literatura Brasileira

Autores

  • Elizama Almeida Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i42p10-21

Palavras-chave:

Museu da Literatura Brasileira, Lygia Fagundes Telles, arquivo literário, Plínio Doyle, comunidade, desejo

Resumo

O artigo é parte de uma intensa pesquisa na coleção Museu da Literatura Brasileira, idealizado pela escritora Lygia Fagundes Telles na década de 1970, que reuniu número apreciável de documentos literários de diversos autores, mas que não chegou a se concretizar como instituição resultando em uma massa de manuscritos, fotografias e cartas inéditos sob a guarda do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) nos últimos 40 anos. Neste artigo, mapeio a construção deste desconhecido Museu a partir do desejo da comunidade dos autores envolvidos. O material reunido por Lygia pode ser lido em duas categorias: a categoria do documento e a categoria do movimento, que se referem, respectivamente, aos itens doados para compor o fundo e aos itens que dão notícias da força do coletivo nos bastidores de sua criação. Por último, proponho um contato do “Museu da Lygia” com o Arquivo-Museu de Literatura Brasileira, na Fundação Casa de Rui Barbosa, seu irmão quase gêmeo, criado por Plínio Doyle no mesmo período, para pontuar aproximações e diferenças entre esses dois espaços a partir de uma carta inédita.

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Publicado

2020-12-23

Como Citar

Almeida, E. (2020). Como nasce um museu: Lygia Fagundes Telles e os bastidores do desconhecido Museu da Literatura Brasileira. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 42, 10-21. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i42p10-21