Entre riscos e rabiscos: questões de crítica genética na teatralização de A Pedra do Reino por Antunes Filho

Autores

  • Lucimara de Andrade Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Letras

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i42p52-66

Palavras-chave:

Antunes Filho, A Pedra do Reino, Ariano Suassuna, Crítica Genética, Documentos

Resumo

Este trabalho tem como proposta a investigação do processo de teatralização dos romances: Romance dA Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta e História dO Rei Degolado nas Caatingas do Sertão: ao Sol da Onça Caetana, do escritor Ariano Suassuna, pelo encenador Antunes Filho. Esse artigo aborda questões teóricas suscitadas a partir da análise de uma parte do vasto material genético do processo de adaptação de A Pedra do Reino cedido por Antunes Filho.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Lucimara de Andrade, Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Letras

    Assessora científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, área de concentração Teoria da Literatura e Literatura Comparada, linha de pesquisa Poéticas da Modernidade (2017). Mestre em Letras (Teoria Literária e Crítica da Cultura) pela Universidade Federal de São João del-Rei, linha de pesquisa Literatura e Memória Cultural (2011). Graduada em Letras pela Universidade Federal de São João del-Rei (2008). Possui formação na área de Letras com ênfase em Literatura Brasileira e Teatro Brasileiro Contemporâneo tendo pesquisas desenvolvidas na área de Literatura Comparada, Memória Cultural, Crítica Genética, Análise de Espetáculos, Adaptação Teatral e questões relacionadas à autoria. Destaca-se por trabalhados que abordam a trajetória e a poética do encenador Antunes Filho como também a obra, o processo de escrita, e a estética Armorial do escritor Ariano Suassuna, em especial seu projeto de trilogia iniciado pelo Romance d'A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta cujo foco de análise incide sobre o personagem Quaderna. Trabalhou como professora designada no curso de Letras na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG unidade Divinópolis) no ano de 2019. Trabalhou como professora substituta de Literatura e Artes no IFMG campus Ponte Nova (2017-2018), onde permanece como parecerista ad hoc de projetos de pesquisa e extensão.

Referências

AGÊNCIA Estado. Mestres na difícil ciência de decifrar o Brasil. São Paulo, 2006. Entrevista com Ariano Suassuna e Antunes Filho. Disponível em: http://www.nordesteweb.com/not07_0906/ne_not_20060720b.htm. Acesso em: 06 jun. 2020.

ANDRADE, Lucimara de. Pelo viés da teatralização: A Pedra do Reino por Antunes Filho. 2017. Tese (Doutorado em Estudos Literários) Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/LETR-AMHG8D. Acesso em: 20 nov. 2020.

ARTIÈRES, Philippe. Arquivar a própria vida. Revista Estudos históricos. Rio de Janeiro, v.11, n.21, p. 9-34, 1998. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/2061/1200. Acesso em: 5 set. 2020.

BENJAMIN, Walter. Escavando e recordando. In: Obras Escolhidas. Rua de Mão Única. São Paulo: Brasiliense, 1995. p. 239-240.

BERTHOLD, Margot. Teatro do diretor. In: História mundial do Teatro. São Paulo: Perspectiva. 2006. p. 529-539.

BIASI. Pierre-Marc de. A genética dos textos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.

BUTOR, Michel. Crítica e Invenção. In: BUTOR, Michel. Repertório. São Paulo: Perspectiva, 1974. p. 191-203.

CAMPOS, Haroldo de. In: TÁPIA, Marcelo e NÓBREGA Thelma Médici (Orgs.). Haroldo de Campos - Transcrição. São Paulo: Perspectiva. 2013.

CAMPOS, Maximiano. A Pedra do Reino. In: SUASSUNA, Ariano Villar. Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2006. p. 745-754.

CARLSON, Marvin. Teorias do teatro: estudo histórico-crítico, dos gregos à atualidade. São Paulo: Editora UNESP, 1997.

DE MARINIS, Marco. Nova teatrologia e performance studies: questões para um diálogo. Repertório: teatro & dança, Salvador, ano 13, n. 15, p. 95-103, 2010.

DIAZ, José-Luis. Qual genética para as correspondências? In: Manuscrítica – Revista de Crítica Genética, São Paulo, n. 15, p. 119-162, 2007.

FOCILLON, Henri. Elogio da mão. In: FOCILLON, Henri. Vida das formas. Rio de Janeiro: Zahar, 1983. p. 126-156.

GRÉSILLON, Almuth. Devagar: obras. In: ZULAR, Roberto (Org.). Criação em processo: ensaios de crítica genética. São Paulo: Iluminuras, FAPESP, 2002. p. 147-174.

HAY, Louis. A literatura dos escritores. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.

JAKOBSON, Roman. Os aspectos linguísticos da tradução. In: JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1995. p. 63-72.

LEBRAVE, Jean-Louis. Crítica genética: uma nova disciplina ou um avatar moderno da filologia? In: ZULAR, Roberto (Org.). Criação em processo: ensaios de crítica genética. São Paulo: Iluminuras, Fapesp, 2002. p. 97-146.

MARQUES, Reinaldo. O arquivamento do escritor. In: SOUZA, Eneida Maria de. MIRANDA, Wander Mello (orgs.). Arquivos Literários. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. p. 141-156.

MENCARELLI. Fernando Antonio. Dramaturgias em processo: a cena pelo avesso. In: GRUPO TEATRO INVERTIDO. Cena invertida: dramaturgias em processo. Belo Horizonte: Edições CPMT, 2010. p. 12-25.

MILARÉ, Sebastião. Hierofania: o teatro segundo Antunes Filho. São Paulo: Edições SESC SP, 2010.

PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. São Paulo: Perspectiva, 2015.

RYNGAERT, Jean-Pierre. Ler o teatro contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

SALLES, Cecilia Almeida. Gesto inacabado: processo de criação artística. São Paulo: FAPESP: Annablume, 1998.

SANTIAGO, Silviano. Com quantos paus de faz uma canoa. In: SOUZA, Eneida Maria de e MIRANDA, Wander Mello (orgs.). Arquivos Literários. São Paulo: Ateliê Cultural, 2003. p. 15-24.

SANTINI, Alexandre. Teatro e cultura brasileira no século 20 - Ariano Suassuna e Movimento Armorial.in: RABETTI, Beti (Org.). Teatro e comicidades: estudos sobre Ariano Suassuna e outros ensaios. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005. p. 63-69.

SUASSUNA, Ariano Villar. Entrevista sem título. In: BACCARELLI, Milton. O Teatro em Pernambuco: trocando a máscara. Recife: FUNDARPE, 1994. p. 142-146.

TÁPIA, Marcelo. Apresentação. In: TÁPIA, Marcelo e NÓBREGA Thelma Médici (Orgs.). Haroldo de Campos - Transcrição. São Paulo: Perspectiva. 2013. p. XI-XX.

TROTTA, Rosyane. Autoralidade, grupo e encenação. Sala Preta, São Paulo, vol. 6, 2006. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57305. Acesso em: 3 ago. 2020.

UBERSFELD, Anne. Para ler o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005.

WILLEMART, Philippe. A rasura e a consistência. In: WILLEMART, Philippe. Universo da criação literária: crítica genética, crítica pós-moderna? São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1993. p. 67-73.

ZANOTTO. Ilka Marinho de Andrade. Quaderna. Sala Preta, São Paulo, n. 6, p. 97-102, 2006.

Referências audiovisuais:

SUASSUNA, Ariano Villar. São Paulo, Brasil, 15 jun. 2007. 1DVD. Entrevista concedida ao Programa Metrópolis.

Downloads

Publicado

2020-12-23

Como Citar

Entre riscos e rabiscos: questões de crítica genética na teatralização de A Pedra do Reino por Antunes Filho. (2020). Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 42, 52-66. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i42p52-66