Bakhtin e o grupo BMV: incongruências de uma Linguística ortodoxa

Autores

  • Ciro Marcondes Filho Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v2i2p199-219

Palavras-chave:

linguistic, ideology, signs, Saussure, Formalism, Stoicism

Resumo

Para os autores russos, um signo tem que ser fiel à realidade, mas o que é, de fato, «ser fiel», o que é «realidade»? Eles sugerem que o pensamento só se estrutura por signos - como Peirce, que nega a realidade dos sonhos - exagerando na afirmação que o ato de sentir fome é expressão ideológica e os gritos de um recém-nascido já são manifestações apreciativas desse novo ser. Tais autores inspiraram o estruturalismo, dizendo que um semidiscurso estrutura os homens. Apesar dessa instância, a palavra permanece neutra, afirmação estranha às suas raízes hegelianas e marxistas; o paradigma deles, ao contrário, só pode ser heideggeriano, segundo o qual só existe o ser «marcado»: olhando uma determinada coisa, eu a «situo», eu a enquadro em seu contexto. Situar é atribuir sentido e isto é mais estoico do que, de fato, marxista.

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Biografia do Autor

  • Ciro Marcondes Filho, Universidade de São Paulo
    Professor Titular da Escola de Comunicações e Artes da USP

Publicado

2009-06-15

Edição

Seção

Em Pauta/Agenda

Como Citar

Bakhtin e o grupo BMV: incongruências de uma Linguística ortodoxa. (2009). MATRIZes, 2(2), 199-219. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v2i2p199-219