World War Z: darwinismo social e renascimento da cosmovisão nacional-socialista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v11i3p151-167

Palavras-chave:

Zumbis, ideologia, migração, cinema, propaganda

Resumo

O objetivo deste artigo é realizar um exercício de análise crítica dos discursos ideológico e propagandístico contidos no filme World War Z (2013). Minha conclusão é que o filme foi concebido como um expoente ideológico da nova extrema direita estadunidense e global e que faz parte do esforço desta direita construir uma história com vocação hegemônica sobre a necessidade de liquidar a moral de solidariedade e retornar à sociedade de clãs e de racismo ideológico e econômico. Esta narração da nova direita é baseada em três antigos pilares contidos e retratados no filme: o darwinismo social, a superpopulação, e o perigo que as fronteiras abertas representam para o primeiro mundo. Estas três ideias coincidem, com ligeiras variações, com alguns dos pilares sobre os quais se baseava o nacional-socialismo de Adolf Hitler, como será mostrado no texto.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Alfonso M. Rodríguez de Austria Giménez de Aragón, Universidad de Sevilla
    Doutor e Pós-doutorando em Comunicação pela Universidad de Sevilla, professor de pós-graduação na Universidad Centroamericana de Nicarágua e membro do Grupo de Pesquisa em Comunicação Política, Ideologia e Propaganda (Ideco).

Referências

ALARCÓN, C. Creer en Hitler: el triunfo de la fe y la sumisión sobre la libertad. Sevilha: Aconcagua Libros, 2016.

AMERY, C. Auschwitz, ¿comienza el siglo XXI? Hitler como precursor. Madrid: Turner, 2002.

ANNAN, D. Catastrophe: the end of the cinema? Londres: Lorrimer, 1975.

BIRKENSTEIN, J.; FROULA, A.; RANDELL, K. Reframing 9/11: film, popular culture and the war on terror. Londres: Bloomsbury, 2010.

BISKIND, P. Seeing is believing: how Hollywood taught us to stop worrying and love the 50s. Londres: Bloomsbury, 2001.

BLACK, G. D. Hollywood censored: morality codes, catholics, and the movies. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.

_______. The catholic crusade against the movies, 1940-1975. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.

CHRISTENSEN, J. R. The icon of the Zombie Mob. akademisk kvarter, Göteborg, v. 10, p. 133-146, 2015.

EHRLICH, P. R. The population bomb. Nova Iorque: Ballantine Books, 1968.

GERSON, M. The neoconservative vision: from the Cold War to the culture wars. Lanham: Madison Books, 1996.

HASSLER-FOREST, D. Capitalist superheroes: caped crusaders in the neoliberal age. Winchester: John Hunt Publishing-Zero Books, 2012.

HUNTINGTON, S. The clash of civilizations and the remaking of world order. Nova Iorque: Simon & Schuster, 1996.

JENKINS, T. The CIA in Hollywood: how the agency shapes film and television. Austin: University of Texas Press, 2016.

KELLNER, D. Cinema wars: Hollywood film and politics in the Bush-Cheney era. Hoboken: Wiley-Blackwell, 2010.

______. O apocalipse social no cinema contemporâneo de Hollywood. MATRIZes, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 13-28, jan./abr. 2016 DOI: http://dx.doi.org/10.11.606/issn.1982-8160.v10.i1p.13-28.

KOPPES, C. R.; BLACK, G. D. Hollywood goes to war: how politics, profits, and propaganda shaped World War II movies. Oakland: University of California Press, 1990.

KRACAUER, S. De Caligari a Hitler: una historia psicológica del cine alemán. Barcelona: Paidós, 1985.

MONTES DE OCA, A. La pesadilla roja: cine anticomunista norteamericano, 1946-1954. San Sebastián: Festival Internacional de Cine de San Sebastián, 1996.PLAUTO. Comedias I. Madrid: Gredos, 2000.

RAY, R. B. A certain tendency of the Hollywood cinema, 1930-1980. Princeton: Princeton University Press, 1985.

RODRÍGUEZ DE AUSTRIA, A. M. Análisis crítico del discurso en la narrativa audiovisual. Metodología y estudio de caso: la trilogía Batman de C. Nolan. 2015. Tese (Doutorado em Comunicação Social) Departamento de Comunicación Audiovisual y Publicidad y Literatura, Universidad de Sevilla, Sevilha, 2015a.

______. Aristóteles en Hollywood: poética y retórica en la narrativa audiovisual. Fotocinema. Revista científica de cine y fotografía, Málaga, v. 11, p. 325-346, 2015b.

_______. “We don’t eat people”: la nueva ética del sistema caníbal propuesta por la narrativa audiovisual postapocalíptica del siglo XXI. Daimon. Revista Internacional de Filosofía, Murcia, Suplemento 5, p. 737-745, 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.6018/daimon/269071

_______. El uso del subtexto como propaganda machista en el personaje de Lois Lane en Man of steel (Zack Snyder, 2013). ex æquo, Lisboa, v. 35, p. 159-171, 2017. DOI: https://doi.org/10.22355/exaequo.2017.35.10.

RYAN, M.; KELLNER, D. Camera politica: the politics and ideology of contemporary Hollywood films. Bloomington: Indiana University Press, 1990.

SAUNDERS, F. S. La CIA y la guerra fría cultural. Madrid: Debate, 2001.

STRAUSS, L. Persecution and the art of writing. Chicago: University of Chicago Press, 1998.

WOOD, R. Hollywood from Vietnam to Reagan... and beyond: a revised and expanded edition of the classic text. Nova Iorque: Columbia University Press, 2003.

Publicado

2017-12-27

Edição

Seção

Em Pauta/Agenda

Como Citar

Rodríguez de Austria Giménez de Aragón, A. M. (2017). World War Z: darwinismo social e renascimento da cosmovisão nacional-socialista. MATRIZes, 11(3), 151-167. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v11i3p151-167