O tempo que morria dentro de mim: relações de confluência entre a cidade de Manaus e o narrador Nael no romance Dois irmãos

Autores

  • Claudia Maria de Serrão Pereira Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2016.124623

Palavras-chave:

pós-modernidade, cidade, Dois irmãos, Milton Hatoum.

Resumo

Este artigo analisa as relações de confluência entre a cidade de Manaus e o narrador Nael, do romance Dois irmãos, de Milton Hatoum, perante as mudanças sociais ocorridas na cidade com a industrialização e a mercantilização dos bens culturais entre os anos de 1920 e 1960. Conforme Fredric Jameson (1992, 1997), durante esse período ocorrem transformações estéticas dos bens culturais, afetando a relações que estes estabelecem com os sujeitos. Para o autor, o capitalismo tardio pode ser visto como causa das mudanças que ocasionam o momento histórico-cultural denominado pós-modernidade. Desse modo, considerando que nesse período a cidade de Manaus passa por uma sede de desenvolvimento, esmaecendo aos poucos a sua história com a chegada do progresso e de uma política que privilegiou determinado setor social em detrimento de outros, pretendemos analisar a confluência que se estabelecem entre o narrador e o espaço urbano, uma vez que consideramos que Nael não apenas busca sua origem (identidade), mas luta por uma resistência política da própria espacialidade em que se insere como sujeito, preservando as memórias do que o faz vivo: a casa e a cidade.

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Publicado

2016-12-21

Como Citar

O tempo que morria dentro de mim: relações de confluência entre a cidade de Manaus e o narrador Nael no romance Dois irmãos. (2016). Opiniães, 5(9), 110-117. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2016.124623