O meditador e o observador: os narradores de Rubem Braga e Fernando Sabino em duas crônicas

Autores

  • Henrique Balbi Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2016.124629

Palavras-chave:

Rubem Braga, Fernando Sabino, narrador, crônica, literatura brasileira.

Resumo

Tomando como objeto uma crônica de Rubem Braga (“Quem sabe Deus está ouvindo”) e uma de Fernando Sabino (“Anjo brasileiro”), este artigo tece uma comparação entre a figura do narrador em cada texto. Percebe-se entre eles um posicionamento bastante distinto em relação à matéria narrada: enquanto o narrador de Braga, em primeira pessoa, demonstra certa proximidade, participando da ação e da reflexão construída no decorrer do texto, o narrador de Sabino, em terceira pessoa, toma distância para contar sua história. O artigo busca desenvolver essa comparação amparado nos conceitos de “mostrar” e “dizer”, conforme apresentados por David Lodge em A arte da ficção. Baseia-se também nos textos de Davi Arrigucci Jr. sobre Braga. A partir daí, sintetiza as diferenças em duas figuras: a do narrador-meditador, de Braga, e a do narrador-observador, de Sabino. Em seguida, rastreia em parte da bibliografia especializada na crônica essa centralidade da figura do narrador (conceituada por Norman Friedman), novamente se baseando em texto de Arrigucci Jr., a fim de apontar as duas figuras como parte de um conjunto de estratégias criativas possíveis para a crônica.

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Publicado

2016-12-21

Como Citar

O meditador e o observador: os narradores de Rubem Braga e Fernando Sabino em duas crônicas. (2016). Opiniães, 5(9), 164-173. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2016.124629