Um longo e penoso trabalho de desagregação: representação do atraso na Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2020.173731

Palavras-chave:

Crônica da casa assassinada, Ruína, Consciência do atraso

Resumo

O artigo pretende analisar o romance Crônica da casa assassinada (1959), de Lúcio Cardoso, sob o viés da consciência do atraso que marca a experiência literária brasileira. Tendo como base as ideias de Antonio Candido sobre o atraso brasileiro, o romance é visto a partir da ótica da ruína como representação da decadência e da permanente dialética entre atraso e progresso inerentes à formação da nação.

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Biografia do Autor

  • Rafael Batista de Sousa, Instituto Federal de Brasília (IFB)

    Mestrando em Estudos Literários do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística (PPLIN), da Faculdade de Formação de Professores da UERJ, onde desenvolve pesquisa sobre os aspectos góticos no teatro de Lúcio Cardoso, sob a orientação do professor Fernando Monteiro de Barros.

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Publicado

2020-12-20

Como Citar

Um longo e penoso trabalho de desagregação: representação do atraso na Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso. (2020). Opiniães, 17, 297-317. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2020.173731