Parque ecológico Monsenhor Emílio José Salim, Campinas/SP: contradições na implementação de um parque urbano contemporâneo

Autores

  • Daniela Andrade Lacreta Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Programa de Pós Graduação em Urbanismo
  • Renata Baesso Pereira Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Programa de Pós Graduação em Urbanismo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i37p147-177

Palavras-chave:

Parques. Paisagem urbana. Espaços verdes. Arquitetura paisagística.

Resumo

O presente artigo é resultado de uma pesquisa que buscou compreender os propósitos da administração pública, nas instâncias estadual e municipal, ao implantar, no final da década de 1980, o Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, na cidade de Campinas (SP). Projetado pelo escritório Burle Marx, sua implantação tinha por objetivo a revitalização de uma antiga fazenda, a recomposição da mata nativa em áreas ocupadas pelos cafezais e a restauração do casarão, exemplar relevante da arquitetura do período do café. Quadras esportivas, lanchonetes, mirante, restaurante, campos de futebol e áreas de passeio também estavam no escopo do projeto. Embora o parque já tenha passado por dois processos de tombamento – no nível estadual, pelo valor do seu conjunto arquitetônico, representativo da arquitetura cafeeira e, no nível municipal, por seu valor como parque urbano de concepção inovadora –, encontra-se atualmente sendo utilizado muito aquém do seu potencial como espaço público. Esta pesquisa também teve por objetivo traçar um diagnóstico que apresentasse os potenciais e as fragilidades desse equipamento urbano e diretrizes que pudessem auxiliar num possível processo de recuperação do parque. 

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Biografia do Autor

  • Daniela Andrade Lacreta, Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Programa de Pós Graduação em Urbanismo

    Arquiteta e urbanista pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista em Gerenciamento Ambiental pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (ESALQ). Mestre em Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Urbanismo, Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias (POSURB, CEATEC) da PUC-Campinas. Arquiteta paisagista, diretora da Nossa Flora Jardins (Projeto, manutenção e execução de jardins). Rua Dr. Miguel Penteado, 909, 13070-118, Jardim Chapadão, Campinas, SP, Brasil.daniela.lacreta@gmail.com

  • Renata Baesso Pereira, Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Programa de Pós Graduação em Urbanismo

    Arquiteta e urbanista pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (EA/UFMG). Mestre em Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Urbanismo, Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias (POSURB, CEATEC) da PUC-Campinas. Doutora
    em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de são Paulo (FAUUSP). Professora do POSURB/CEATEC, PUC-Campinas. Rodovia D. Pedro I, km 136, 13086-900, Parque das Universidades, Campinas, SP, Brasil.
    renata.baesso@puc-campinas.edu.br

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Publicado

2016-07-26

Edição

Seção

Pesquisa

Como Citar

Parque ecológico Monsenhor Emílio José Salim, Campinas/SP: contradições na implementação de um parque urbano contemporâneo. (2016). Paisagem E Ambiente, 37, 147-177. https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i37p147-177