História, analogia e natureza em Novalis

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DOI:

https://doi.org/10.11606/1982-88372341125

Palavras-chave:

Novalis, poesia moderna, natureza, analogia, reencantamento

Resumo

Ao formular as três etapas do destino histórico do Ocidente em Cristandade ou Europa, Novalis oferece a promessa de uma síntese futura entre a Idade Média e o Iluminismo na figura do erudito alemão romântico. Nele, o entusiasmo científico e filosófico irá ao encontro do arrebatamento místico e poético, em vez de o combater. Ele reconciliará arte e ciência, mundo sensível e espiritual, natureza e história, sagrado e profano. Já no romance Os discípulos de Sais há uma série de correlações vertiginosas entre natureza, espírito, corpo e história que não podem ser feitas por um cientista. Só podem ser geradas pelo poeta, o único que compreende o sentido da natureza. O artigo pretende mostrar o quanto o ideal de reencantamento dos dois livros está ligado ao saber analógico renascentista que, segundo Hartmut Böhme, introduz uma semiologia da natureza baseada em vínculos de semelhança entre as coisas. Se, na Renascença, é o filósofo natural que decifra a assinatura das coisas, em Novalis é o poeta que faz da linguagem a chave do reencantamento e da liberdade. O artigo termina refletindo sobre o conflito entre ilusão e realidade na poesia moderna.

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Biografia do Autor

  • Eduardo Guerreiro Brito Losso, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Universidade Federal do Rio de Janeiro, Avenida Horácio Macedo, 2151, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, RJ, 21941-917, Brasil.

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Publicado

2020-07-14

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

História, analogia e natureza em Novalis. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, v. 23, n. 41, p. 125–152, 2020. DOI: 10.11606/1982-88372341125. Disponível em: https://revistas.usp.br/pg/article/view/172409.. Acesso em: 28 mar. 2024.