Sobre representação e ética em Reigen de Arthur Schnitzler e suas releituras por Max Ophüls e Fernando Meirelles

Autores

  • Valéria Sabrina Pereira Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1982-88372013000200008

Resumo

Em 1903, Arthur Schnitzler publicou a peça Reigen (port. A ronda), a qual apresentava dez diálogos, cada qual se desenvolvendo antes e depois de uma conquista sexual. A obra pretende apresentar comportamentos típicos de diferentes classes sociais através da forma como se comportavam para chegar ao mesmo objetivo. A ciranda sexual apresentada no texto causou comoção em sua época e foi criticada por sua alegada imoralidade. Em 1950, a peça foi transposta para o cinema em um filme de Max Ophüls. Sua obra buscou ser fiel ao original, mas também concedeu uma certa leveza ao tema, o que parece indicar um alargamento nos padrões morais diante o sexo. Em 2012, Fernando Meirelles filmou uma releitura da peça de Schnitzler: 360. Na atualidade, uma era marcada pela liberação sexual, o filme não mantém a leveza dada por Ophüls, mas, pelo contrário, é pesado e trata de relações interpessoais através do prisma do sentimento de culpa provocado por traições ou desejos sexuais reprimidos. Neste artigo, será discutido como a temática do desejo e dos impulsos sexuais trazida por Schnitzler se transformou com a passagem de mais de um século, e como a questão da ética foi modelada a cada obra e seu tempo.

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Publicado

2013-12-01

Edição

Seção

Literatura/ Cultura - Literatur-/Kulturwissenschaft

Como Citar

PEREIRA, Valéria Sabrina. Sobre representação e ética em Reigen de Arthur Schnitzler e suas releituras por Max Ophüls e Fernando Meirelles. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, Brasil, v. 16, n. 22, p. 138–155, 2013. DOI: 10.1590/S1982-88372013000200008. Disponível em: https://revistas.usp.br/pg/article/view/80108.. Acesso em: 18 abr. 2024.