O Prazer do Conhecimento na apreciação da Arquitetura

Autores

  • João Rodolfo Stroeter

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v1i1p67-74

Resumo

Procura-se mostrar que, em toda a obra de arte, não é apenas a coisa feita que é bela, e sim o ato de fazer e a consciência da sua realização. Como conseqüência, a fonte principal de satisfação na apreciação estética é o conhecimento do objeto-de-arte, conhecimento que vem com uma participação ativa no momento da fruição. Fruir, nessa circunstância, é exercer uma ação, uma co-ação, que se comunga com o artista, e com o qual se cria uma cumplicidade. Em arquitetura essa forma de recriação por parte do observador/usuário é particularmente notável: por um lado, ao compreender o ediffcio, leva a identificar o problema para o qual ele é uma solução; por outro lado, permite descobrir significados além daqueles que o próprio arquiteto pretendeu. A apreciação de um ediffcio está associada a uma concepção da arquitetura, atuando o conhecimento como mediador entre a percepção do sujeito e a realidade do objeto arquitetônico. Menção a algumas obras conhecidas de arquitetura do passado e do Movimento Moderno ilustram as idéias apresentadas

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Biografia do Autor

  • João Rodolfo Stroeter
    Doutor era arquitetura pela FAUUSPt 1989

Referências

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Publicado

1990-12-19

Edição

Seção

nao definida

Como Citar

Stroeter, J. R. (1990). O Prazer do Conhecimento na apreciação da Arquitetura. PosFAUUSP, 1(1), 67-74. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v1i1p67-74