Nada vem do nada: por uma revisão contemporânea do conceito de tipo edilício

Autores

  • Cristiano Felipe Borba do Nascimento Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v0i27p102-120

Palavras-chave:

Tipo edilício, tipologia, morfologia, espaço, sociedade

Resumo

O artigo discute o conceito de tipo edilício nos estudos do ambiente construído. O objetivo é identificar qual o sentido original do termo e como ele pode ser revisto hoje, à luz de investigações recentes. Argumenta-se que o conceito de tipo - impresso por Quatremère de Quincy em 1825 - apresenta maior complexidade teórico-conceitual do que lhe atribuem os autores italianos de morfologia do século 20 e, em essência, é um conceito que guarda mais proximidade com uma interpretação social do espaço. Por fim, o artigo propõe que o termo seja lido dentro de uma perspectiva contemporânea, a ir além do de mero método projetivo ou do modelo descritivo: compreendendo as idéias subjacentes ao conceito de tipo como contribuição para um conhecimento científico sobre o ambiente construído.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ARGAN, G. C. Projeto e destino. São Paulo: Ática, 2000.

ARGAN, G. C. História da arte como história da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

BENEVOLO, L. A história da ciddea. São Paulo: Editora Perspectiva, 1998.

CANIGGIA, G.; MAFFEI, G. Il Lettura dell’edilizia di base. Composizione architettonica e tipologia edilizia. Veneza: Marsilio, v. 1, 1979.

CATALDI, G.; MAFFEI, G. L.; VACCARO, P. Saverio Muratori and the Italian school of plannig typology. Urban morphology. Birmingham: ISUF, v. 1, n. 6, p. 3-14, 2002.

CENIQUEL, M. A prática arquitetônica como forma de elaboração de uma crítica arquitetônica: O estudo operacional de uma metateoria. 1990. Dissertação (Mestrado em Estruturas Ambientais Urbanas) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1990.

COLQUHOUN, A. Typology and design method. In: JENCKS, Charles; BAIRD, George (EE.). Meaning in architecture. Londres: Barrie e Jenkins, 1970.

CURL, J. S. Classical architecture: An introduction to its vocabulary and essentials, with a selected glossary of terms. Nova York/Londres: W. W. Norton e Company, 2003.

DURAND, J.-N.-L. Précis of the lectures on architecture. Los Angeles: Texts e Documents – The Getty Research Institute Publications Program, 2000.

FORTY, A. Words and buildings: A vocabulary of modern architecture. Nova York: Thames and Hudson, 2000.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. São Paulo: Graal, 2006.

FRAMPTON, K. História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

GIDDENS, A. A constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

HILLIER, B. Space is the machine: A configurational theory of architecture. Cambridge: Cambridge . University Press, 1996.

HILLIER, B.; HANSON, J. The social logic of space. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.

HILLIER, B.; PENN, A. Visible colleges: Structure and randomness in the place of discovery, 1991.

HOLANDA, F. de. Espaço de exceção. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2002.

LAVIN, S. Quatremère de Quincy and the invention of a modern language of architecture. Cambridge; Londres: The MIT Press, 1992.

MARKUS, T. Buildings as classifying devices. Environment and Planning B: Planning and Design, Londres: Pion, n. 14, p. 467-484, 1987.

MARKUS, T. A. Buildings and power: Freedom e control in the origin of modern building types. Londres: Routledge, 1993.

MARKUS, T.; CAMERON, D. The words between the spaces – Buildings and language. Londres/Nova York: Routledge, 2002. (Architext Series).

MARZOT, N. The study of urban form in Italy. Urban Morphology, Birmingham: ISUF, v. 2, n. 6, p. 59-72, 2002.

MONTANER, J. M. A modernidade superada: Arquitetura, arte e pensamento do século XX. Barcelona: Gustavo Gilli, 2001.

MOUDON, A. V. Urban morphology as an emerging interdisciplinary field. Urban morphology. Birmingham: ISUF, n. 1, p. 3-10, 1997.

MURATORI, S. Studi per una operante storia urbana di Venezia. Roma: Istituto poligrafico dello Stato/Libreria dello Stato, 1960.

PEVSNER, N. A history of building types. Princeton: Thames and Hudson, 1997.

QUATREMÈRE DE QUINCY, A. C. Type. In: Dictionnaire historique d’architecture. Paris: Librairie d’Adrien Le Clère et C.ie, tomo II, 1832.

ROSSI, A. A arquitetura da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2001. RYKWERT, J. A casa de Adão no paraíso. São Paulo: Perspectiva, 2003.

RYKWERT, J. A sedução do lugar. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

SCOLARI, M. L’impegno tipologico. Casabella. Milão: Mondadori, n. 509-551, p. 42, 1985.

STEADMAN, P. Sketch for an archetypal building. Environment and planning B: Planning and design. Londres: Pion, p. 92-105, 1998. (Anniversary Issue).

STRAPPA, G. Unità dell’organismo architettonico. Bari: Dedalo, 1995.

Downloads

Publicado

2010-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Nascimento, C. F. B. do. (2010). Nada vem do nada: por uma revisão contemporânea do conceito de tipo edilício. PosFAUUSP, 27, 102-120. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v0i27p102-120