Duas casas de artigas: cidade adjetiva

Autores

  • Leandro Medrano Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo. Universidade Estadual de Campinas.
  • Luiz Recamán Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v19i32p102-115

Palavras-chave:

Arquitetura moderna (Brasil), Vilanova Artigas, arquitetura paulista, cidade de São Paulo, arquitetura moderna brasileira, Estética do Projeto, Teoria da Arquitetura.

Resumo

Este artigo analisa duas das obras iniciais do arquiteto VilanovaArtigas: a “casinha”, de 1942, e a segunda casa do arquiteto, de1949, ambas em São Paulo. São abordados os aspectos construtivoespaciaise a relação entre as estratégias arquitetônicas adotadas e aspossibilidades urbanas correspondentes. Essa análise faz parte de umapesquisa mais abrangente, que procura entender as linhasconsolidadas pela arquitetura produzida em São Paulo e os resultados,em relação à cidade, que nela podem ser identificados. O objetivo é acompreensão dos impasses urbanos contemporâneos que estariam, dealguma maneira, inseridos in nuce em suas formulações originais.Busca-se uma compreensão da forma arquitetônica que ultrapasse suaexterioridade imediata e encontre, na realidade social à qual estávinculada, seu conteúdo plasmado. E nele identificar, no casobrasileiro de contexto de industrialização acelerada, as possibilidadesde avanço social e os resíduos estruturais da dualidade nacional, aqual, embora pretendesse ultrapassar, reproduz involuntariamente.Apesar de não serem obras da “maturidade”, sua análise revela aclareza da compreensão desse arquiteto dos problemas primordiais aserem enfrentados, no momento decisivo da mudança de cenáriosocial pós-Vargas e o ingresso do país na sociedade urbana de massa.Principalmente, as contradições advindas desse quadro de profundasalterações na configuração social e espacial do país, que continhamtanto perspectivas de ampla modernização independente, quanto oaprofundamento das vicissitudes históricas atualizadas em contexto deindustrialização hipertardia.

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Biografia do Autor

  • Leandro Medrano, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo. Universidade Estadual de Campinas.
    Arquiteto e urbanista formado pela FAUUSP. Mestre pela UPC-Universitat Politécnica deCatalunya, Barcelona, Espanha, e doutor pela FAUUSP. É professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas -, Faculdadede Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo.
  • Luiz Recamán, Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo
    Graduado em Arquitetura e Urbanismo e em Ciências Sociais pela Universidade de SãoP aulo (USP). Mestre e doutor em Filosofia pela USP. Atualmente é professor do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da FAUUSP.Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Departamento deHistória da Arquitetura e Estética do Projeto.

Referências

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Publicado

2012-12-25

Edição

Seção

Artigos

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