A casa e a câmera: em tempo de compartilhar – análise do narrador de Santiago, de João Salles
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-2423.v0i3p25-43Palavras-chave:
crítica de arte, Sociologia do cinema, documentário, narrador, sujeitoResumo
Trata-se de uma crítica de Santiago, de 2007, filme de João Moreira Salles, que tem por tema sua tentativa fracassada de realizar um documentário sobre seu ex-mordomo, Santiago, em 1992. Proponho uma análise do narrador a fim de interpretar a tomada de consciência do sujeito autoral da obra sobre a desigualdade de poder entre o diretor e o objeto. Tentando uma abordagem que se aproxime da sensibilidade humana requisitada pela obra, compreendo que o filme desenvolve a expressão de uma tragédia epistêmica e social que provoca o dilaceramento da percepção subjetiva, e cuja existência já estava ancorada na relação patrão/empregado sob a qual o cineasta e seu personagem se conheceram e travaram afeto.
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