Configuração da condição operária numa época de reconfiguração do modo de produção capitalista no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-2423.v0i8p30-47Palavras-chave:
Relações de Trabalho, Mercado de Trabalho, Relação Salarial, Industrialização.Resumo
O objetivo principal deste artigo é analisar o processo de transformação da relação salarial na transição da Primeira República para o Primeiro Governo Vargas (1930-1945). Com base na formulação de Robert Castel – em seu diálogo com a Escola Francesa da Regulação – sobre o conceito de relação salarial, consideramos tal período como uma transição da condição proletária para a condição operária. Apoiando-se em alguns trabalhos clássicos sobre as relações de trabalho no Brasil, operamos uma mediação das principais noções utilizadas por Castel (relação salarial; condição proletária; e condição operária) para construir um quadro teórico adequado à nossa particularidade histórica. Paralelamente, procuramos entender como algumas condições colocadas pelo processo de industrialização atuaram sobre a configuração da condição operária. Nesse sentido, entendemos que no processo de industrialização desencadeado no pós-1930, tivemos, no Brasil, uma superação relativa da condição proletária e uma constituição, também relativa, da condição operária.
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