O arquivo como espaço aurático de imagens da loucura

Autores

  • Tania Mara Galli Fonseca Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia
  • Alana Soares Albuquerque Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia
  • Giovanni Bombardelli Gabe Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia
  • Ricardo Giacomoni Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia
  • Vanessa Manzke Souza Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia
  • Victória Kniest Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420160126

Palavras-chave:

arquivo, memória, loucura, imagem

Resumo

Neste artigo temos como objetivo problematizar a função do arquivista no trabalho de catalogação das obras expressivas da Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro, localizado em Porto Alegre, RS. Entendemos que, neste procedimento, é possível realizar um exercício de desmontagem do território a partir de escolha ética sobre o modo de narrar e analisar as criações daqueles que foram levados a viver na marginalidade da sociedade, asilados por longo tempo em hospital psiquiátrico. Nesse sentido, nossa intenção segue no contra fluxo dos discursos hegemônicos patologizantes, produzindo outros enunciados sobre o louco e suas linguagens destoantes. Como cartógrafos da memória e do esquecimento, os arquivistas da Oficina de Criatividade lançam-se à experimentação de novas sensibilidades em seu encontro com imagens auráticas. Com o acervo crescendo a cada dia, os arquivistas afirmam o caráter fragmentário da memória e a incompletude característica da contínua consignação de um arquivo inacabável.

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Publicado

2017-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

O arquivo como espaço aurático de imagens da loucura. (2017). Psicologia USP, 28(3), 309-317. https://doi.org/10.1590/0103-656420160126