Brincar na perspectiva psicoetológica: implicações para pesquisa e prática

Autores

  • Emma Otta Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia; Departamento de Psicologia Experimental

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420160122

Palavras-chave:

brincar, cérebro social, desenvolvimento, emoções, natureza

Resumo

Este ensaio trata do brincar a partir da perspectiva psicoetológica e examina implicações para a pesquisa e a prática. Ao longo das últimas décadas, crianças vêm ganhando oportunidades de escolarização e atividades dirigidas por adultos, mas perdendo oportunidades de brincadeira livre autogerenciada. Isto é preocupante, considerando as indicações de modelos animais de que a brincadeira social autogerenciada é importante para o desenvolvimento do cérebro social e da capacidade de autorregulação de emoções. Este estudo representa um convite-justificativa para que as crianças recuperem oportunidades de brincadeira natural das quais vêm sendo privadas. Quanto mais conhecermos sobre o brincar, mais adequados seremos nas oportunidades que poderemos oferecer a elas. Precisamos de mais pesquisa sobre este tema na academia, num ambiente intelectual que facilite a colaboração entre etólogos, psicólogos, educadores e neurocientistas, promovendo interação bidirecional entre teoria e prática.

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Publicado

2017-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Brincar na perspectiva psicoetológica: implicações para pesquisa e prática. (2017). Psicologia USP, 28(3), 358-367. https://doi.org/10.1590/0103-656420160122