“Tu não vais me faltar”: tessituras entre fantasma e (de)negação nas psicoses

Autores

  • Manoel Luce Madeira Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Departamento de Psicanálise
  • Simone Moschen Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Departamento de Psicanálise

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420170024

Palavras-chave:

psicoses, denegação, fantasma, tessitura, suplência

Resumo

O conceito de denegação foi estabelecido por Freud a partir da noção de recalcamento e da clínica das neuroses - trata-se de um mecanismo específico de enlace entre negação e afirmação. Este artigo busca calcar sua originalidade, primeiramente propondo que diferentes costuras entre negação e afirmação são igualmente reincidentes nas psicoses. Nesse sentido, ressalta-se que estudos teórico-clínicos que articulam a denegação fenomenológica e estruturalmente às psicoses ainda são escassos. Tais costuras singulares, distintas da denegação estritamente freudiana, recebem aqui a grafia (de)negação. Em segundo lugar, este trabalho se pretende original por propor a (de)negação não apenas como fenômeno clínico, mas como operador em si no tratamento das psicoses, e, para tanto, sustenta essa hipótese a partir do caso clínico do adolescente aqui nomeado Luizel. Por fim, busca evidenciar a intrínseca relação entre (de)negação e esboço fantasmático no apaziguamento dos sintomas psicóticos em transferência.

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Publicado

2017-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

“Tu não vais me faltar”: tessituras entre fantasma e (de)negação nas psicoses. (2017). Psicologia USP, 28(3), 396-404. https://doi.org/10.1590/0103-656420170024