Psicanálise e ciência: a equação dos sujeitos

Autores

  • Rafael dos Reis Biazin Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia, Psicanálise: Clínica e Cultura
  • Carlos Henrique Kessler Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia, Psicanálise e Psicopatologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420160184

Palavras-chave:

psicanálise, ciência, sujeito, significante

Resumo

Pretendemos demonstrar que a afirmação de Jacques Lacan de que a ciência moderna foi a condição de possibilidade de surgimento da psicanálise deriva um conjunto de proposições: há ciência moderna; a psicanálise só pôde surgir na modernidade do pensamento; e entre psicanálise e ciência há uma lógica de compatibilidade. Para tanto, a partir da epistemologia procuramos definir o estatuto de um mundo afetado pela atividade científica moderna em oposição a um mundo antigo. Isso nos levou à axiomática do corte maior decorrente do pensamento de Descartes e da física matematizada, que propõe haver uma cesura que afeta todos os discursos compossíveis. Com a matematização do pensamento, as qualidades do existente são abolidas, fornecendo terreno propício para o surgimento do sujeito do inconsciente, que Lacan irá alocar entre significantes, promovendo uma teoria do sujeito essencialmente moderna.

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Publicado

2017-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Psicanálise e ciência: a equação dos sujeitos. (2017). Psicologia USP, 28(3), 414-423. https://doi.org/10.1590/0103-656420160184