Medicalização das infâncias

entre os cuidados e os medicamentos

Autores

  • Luciana Jaramillo Caruso de Azevedo Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420180107

Palavras-chave:

medicalização, infância, cuidados infantis, contemporaneidade

Resumo

A partir da clínica psicanalítica com crianças, nota-se a estreita relação entre os cuidados e a medicalização. Os estudos sobre a medicalização são de extrema relevância na atualidade, tendo em vista não apenas a captura das formas de sofrimento psíquico pelo discurso médico como a produção massiva de diagnósticos e a patologização da infância. Este artigo propõe uma articulação, à luz da teoria psicanalítica, entre a noção de cuidado e a medicalização da infância. Para tanto, inicialmente, será apresentada uma discussão teórica sobre o impacto da medicalização nos cuidados dispensados às crianças. Em seguida, destacaremos a importância dos cuidados para a constituição psíquica e seu enlace com o discurso médico. Por fim, enfatizamos que a medicalização se torna cada vez mais um mecanismo que tampona a diversidade. É indispensável repensar os avanços da medicalização como forma majoritária de intervenção terapêutica e a dimensão do seu alcance no cenário contemporâneo.

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Publicado

2018-12-31

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Medicalização das infâncias: entre os cuidados e os medicamentos. (2018). Psicologia USP, 29(3), 451-458. https://doi.org/10.1590/0103-656420180107