O que (não) há de “complexo” no comportamento? Behaviorismo radical, self, insight e linguagem

Autores

  • Diego Zilio Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento
  • Hernando Neves Filho Imagine Tecnologia Comportamental

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420170027

Palavras-chave:

behaviorismo radical, cognitivismo, metateorias, comportamento complexo

Resumo

Uma crítica comum encontrada em manuais e livros didáticos de psicologia é que a análise do comportamento não seria capaz de explicar fenômenos psicológicos complexos. Estes seriam melhor abordados por explicações cognitivistas baseadas em mecanismos internos ao organismo. Este ensaio tem como objetivo avaliar a pertinência dessa crítica à luz de exemplos da literatura analítico-comportamental. A partir da análise de pesquisas que tratam de formação de self, insight e linguagem, argumenta-se que a “complexidade” foi importada para os laboratórios de análise do comportamento, assim como floresceu em diversas linhas de pesquisa de tradição behaviorista radical. Em adição, são discutidos cinco significados possíveis dados à “complexidade” extraídos da literatura consultada. Conclui-se que não há significado útil do termo e que, por essa razão, talvez seja pertinente abandoná-lo como critério de classificação de comportamentos. Como consequência, “comportamento complexo” seria simplesmente “comportamento” e nada mais.

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Publicado

2018-12-31

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

O que (não) há de “complexo” no comportamento? Behaviorismo radical, self, insight e linguagem. (2018). Psicologia USP, 29(3), 374-384. https://doi.org/10.1590/0103-656420170027