Heresia, doença, crime ou religião: o Espiritismo no discurso de médicos e cientistas sociais

Autores

  • Emerson Giumbelli

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-77011997000200002

Palavras-chave:

medic, espiriti, relig, pensamento social brasile

Resumo

Desde a segunda metade do século XIX e até a década de 1940, as práticas e doutrinas espíritas mobilizaram o pensamento médico, num duplo empreendimento intelectual e de intervenção social. O artigo aborda vários textos elaborados, neste período, por médicos (tais como Nina Rodrigues e Leonídio Ribeiro), explorando como neles é definido e analisado o espiritismo, e localizando, entre as diversas épocas, continuidades e rupturas. Na década de 1930, o espiritismo e os cultos de possessão em geral começam a ser tratados por referência a categorias sociológicas e antropológicas, sinalizando uma transformação importante no seu estatuto (Arthur Ramos é um nome chave). No artigo, esta transição é problematizada a partir da análise da categoria "higiene mental", utilizada por intelectuais durante as décadas de 1920 e 1930 e associada às discussões sobre a constituição e destinos do Brasil enquanto nação.

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Publicado

1997-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Heresia, doença, crime ou religião: o Espiritismo no discurso de médicos e cientistas sociais . (1997). Revista De Antropologia, 40(2), 31-82. https://doi.org/10.1590/S0034-77011997000200002