A variação mítica como reflexão

Autores

  • Oscar Calávia Sáez UFSC; Departamento de Antropologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-77012002000100001

Palavras-chave:

mitologia, Lévi-Strauss, filosofia indígena, Pano, Yaminawa

Resumo

Variação imaginária que ordena em narrativas diversas as categorias sensíveis, o mito define por contraste conceitos de um pensamento nativo. A abordagem levi-straussiana do mito como conjunto de transformações, instalando a variação no seu centro, dá acesso à reflexão indígena e, de quebra-contra o que é leitura corriqueira-, permite entender o narrador como articulador dessa reflexão. O artigo ilustra esses postulados com mitos de vários povos de língua Pano (Yaminawa, Yawanawa e Kaxinawá), que tratam da relação entre "humanos" e "animais" instaurando versões diferentes dessas categorias. Comenta assim discussões atuais sobre as "cosmologias" ou "filosofias" indígenas e o seu estatuto epistemológico. Defende uma avaliação - ou uma leitura - diferente da mitologia estruturalista e a contrasta com as propostas pós-modernas de "dialogia" como modelo de relação com o outro e o seu pensamento.

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Publicado

2002-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Calávia Sáez, O. (2002). A variação mítica como reflexão . Revista De Antropologia, 45(1), 7-36. https://doi.org/10.1590/S0034-77012002000100001