Os sentidos do real e do falso: o consumo popular em perspectiva etnográfica

Autores

  • Lucia Mury Scalco Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Rosana Pinheiro-Machado Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-77012010000100009

Palavras-chave:

consumo, pirataria, classes populares, sacrifício

Resumo

A partir de duas etnografias entre grupos populares em Porto Alegre, problematizamos a questão do consumo, em face de um contexto nacional que aponta para a ascensão da participação dos setores de baixa renda no mercado. O enfoque da nossa análise recai na escolha entre bens originais e falsificados. Procurando se afastar dos preconceitos que rodeiam o campo do consumo popular, bem como da razão prática atrelada a esse tema, a etnografia busca o entendimento do significado que tais bens assumem quando circulam em uma determinada rede de afetividade. Nosso propósito não é construir "um" modelo fechado acerca do gosto e estilo de vida dos grupos populares, mas relatar a polissemia de significados que está presente do momento da escolha entre o produto original e o falso - ato que negocia e equilibra, em um escopo relacional, custo-benefício, razões práticas e simbólicas, dinheiro e amor, efemeridade e duração.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2010-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Scalco, L. M., & Pinheiro-Machado, R. (2010). Os sentidos do real e do falso: o consumo popular em perspectiva etnográfica . Revista De Antropologia, 53(1), 321-359. https://doi.org/10.1590/S0034-77012010000100009