Conexões internacionais na produção da etnografia de Nimuendajú

Autores

  • Priscila Faulhaber Universidade Federal do Amazonas/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2013.64495

Palavras-chave:

Produção etnográfica, áreas culturais, áreas geográficas, fronteira antropológica, sistema de produtividade, patrimônio cultural.

Resumo

Este trabalho focaliza a produção da etnografia Ticuna de Curt Nimuendajú. A análise abrange o exame de alinhamentos entre antropólogos, as instituições científicas e as agências filantrópicas que financiavam pesquisas etnográficas entre 1930 e 1945, cujo escopo passava pela redefinição de “áreas culturais” ou “áreas geográficas” pelo seu interesse estratégico. Em tempos de guerra, os índios na fronteira amazônica apareciam como símbolo da integração pan-americana em projetos conduzidos por Julian Steward na Smithsonian Institution. Além do sentido geopolítico, as terras indígenas na região tinham um caráter de “fronteira antropológica”. A fronteira cultural estava, embora indiretamente, associada à “fronteira econômica”, visto que a borracha nativa na floresta tropical amazônica passou a ser produto estratégico. Com base no exame de documentos depositados em diferentes arquivos do Brasil e dos Estados Unidos, o trabalho focaliza as interlocuções de antropólogos que participaram da avaliação do financiamento do trabalho de campo de Nimuendajú.

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Biografia do Autor

  • Priscila Faulhaber, Universidade Federal do Amazonas/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
    É pesquisador titular IIII do Museu de Astronomia e Ciências Afins e Pesqusador Associado do Museu Paraense Emílio Goeldi, onde atua como Editor Associado de Antropologia do Boletim de Ciências Humanas. É professora na pós graduação em antropologia social da UFAM e da pós graduação em museologia da UNIRIO desde 2009.

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Publicado

2013-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Faulhaber, P. (2013). Conexões internacionais na produção da etnografia de Nimuendajú. Revista De Antropologia, 56(1), 207-256. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2013.64495