“Ser E não ser”, eis a questão: relatórios antropológicos, categorias nativas e Antropologia

Autores

  • Miriam Furtado Hartung Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2013.82472

Palavras-chave:

Antropologia e Estado, Remanescentes de quilombos, Políticas públicas.

Resumo

Historicamente a relação entre a Antropologia e o Estado tem sido marcada por momentos de intensa e efetiva participação dos antropólogos na formulação e/ou aplicação de políticas estatais. No Brasil, o engajamento político com os grupos estudados fez da disciplina uma eterna crítica do Estado, mesmo quando por este é chamada a opinar sobre a situação de seus “objetos” de estudo. Não restam dúvidas de que a relação entre Antropologia, Estado e os coletivos sociais é complexa, conflituosa e ambígua. Neste artigo pretendo discutir essa questão partindo da situação de elaboração do relatório antropológico sobre a situação da comunidade quilombola Invernada Paiol de Telha (PR), solicitado pelo Estado, no caso representado pelo Instituo Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). A proposta aqui é menos uma crítica ao já bem conhecido modo como o Estado tem se relacionado com os coletivos sociais e mais trazer outros elementos que possibilitem discutir quais os pressupostos político-teórico-metodológicos da Antropologia nesta triangulação com o Estado e os coletivos sociais.

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Publicado

2013-12-12

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Hartung, M. F. (2013). “Ser E não ser”, eis a questão: relatórios antropológicos, categorias nativas e Antropologia. Revista De Antropologia, 56(2), 323-364. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2013.82472