O constrangimento da forma: transformação e (anti-)hibridez entre os Karajá de Buridina (Aruanã - GO)

Autores

  • Eduardo Soares Nunes Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2014.87762

Palavras-chave:

Karajá, transformação, hibridez, mistura, perspectiva.

Resumo

Este artigo explora dois contextos de produção das pessoas misturadas dos Karajá de Buridina, pessoas internamente repartidas entre uma “metade indígena” e uma “metade não indígena”. Nesses dois contextos, o artesanato e a pesca, elementos indígenas e não indígenas se fazem simultaneamente presentes, mas, dependendo de qual aspecto os Karajá enfocam, ou seja, dependendo de qual relação é ativada, e de que maneira, cada ação evidencia um conjunto específico de disposições corporais, karajá ou brancas. Esses indígenas reconhecem muitas rupturas em relação ao modo de vida dos antigos, mas como, sob que forma, essas transformações aparecem para eles? Meu argumento, nesse artigo, é que elas não aparecem como uma nova forma de vida karajá, mas como a coexistência de duas formas de vida, uma indígena e outra branca. A mistura, para os Karajá, é uma forma de relação que não gera híbridos. Concluo fazendo alguns comentários sobre o caráter totalizante da transformação. 

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Publicado

2014-11-11

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O constrangimento da forma: transformação e (anti-)hibridez entre os Karajá de Buridina (Aruanã - GO). (2014). Revista De Antropologia, 57(1), 303-345. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2014.87762