Poder, história e coetaneidade: os lugares do colonialismo na antropologia sobre a África

Autores

  • Bruno Reinhardt Universidade de Utrecht

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2014.89116

Palavras-chave:

Poder, coetaneidade, colonialismo, antropologia sobre a África

Resumo

O presente artigo toma como base a tese clássica de Johannes Fabian sobre a política do tempo na representação antropológica tendo em vista revisar criticamente a carreira da coetaneidade na produção antropológica sobre a África. Ele parte da antropologia feita sob o colonialismo, com foco no estrutural-funcionalismo britânico, e chega à antropologia do colonialismo que desponta nos anos 90, passando pela forte disjunção temporal imposta à disciplina pelas independências africanas, que começam a florescer no final dos anos 50. Observa-se nessa trajetória um amadurecimento teórico acerca do impacto formativo duradouro do poder colonial nas sociedades africanas. Como conclusão, problematizo a prescrição de Fabian de “um encontro real com o tempo do outro” ao recorrer a debates contemporâneos sobre a condição pós-colonial em África. Destaco assim a natureza ambígua e elusiva da temporalidade subalterna e defendo a necessidade de uma abordagem mais etnograficamente atenta às vicissitudes da temporalização periférica. 

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Publicado

2014-12-19

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Reinhardt, B. (2014). Poder, história e coetaneidade: os lugares do colonialismo na antropologia sobre a África. Revista De Antropologia, 57(2), 329-375. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2014.89116