A santa, o mar e o navio: congada e memórias da escravidão no Brasil

Autores

  • Lilian Sagio Cezar Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2015.102111

Palavras-chave:

Congada, memória social, transmissão de conhecimento, segredo, afro descendência

Resumo

Neste artigo a autora descreve e analisa mecanismos e processos mnemônicos desenvolvidos por um dos dançadores mais dedicados da festa da congada de São Sebastião do Paraíso, MG. A congada constitui festa afrodescendente que, a partir da Igreja Católica, rememora ritualística e performaticamente, por meio da homenagem a uma corte negra, uma África ancestral contraposta às emoções de dor e sofrimento atribuídas à escravidão. Em sua concretização, memórias, valores e padrões culturais africanos puderam ser preservados e (re)criados no Brasil. Esse texto tem como fulcro analisar processos de rememoração e criação de práticas religiosas, que ao longo de largo período de tempo, se mantiveram relativamente secretas enquanto forma de conhecimento que identificam e hierarquizam atores sociais nesta festa. 

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Publicado

2015-08-12

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A santa, o mar e o navio: congada e memórias da escravidão no Brasil. (2015). Revista De Antropologia, 58(1), 363-396. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2015.102111