O retorno dos mortos: apontamentos sobre a repatriação de ornamentos de dança (basá busá) do Museu do Índio, em Manaus, para o rio Negro

Autores

  • André Martini Instituto Socioambiental

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2012.46968

Palavras-chave:

Repatriamento de ornamentos, alto rio Negro, Iauaretê, “cultura” e cultura, patrimônio imaterial.

Resumo

O retorno dos ornamentos sagrados (basá busá) que estavam noMuseu do Índio, em Manaus, foi um processo longo, repleto de disputaspolíticas pelo (re)estabelecimento de relações entre setores do movimentoindígena e conhecedores tradicionais organizados em um movimentoautodenominado “revitalização cultural”. O processo foi iniciado em 2006como parte das atividades de salvaguarda da “cachoeira de Iauaretê”, registradacomo patrimônio imaterial do Brasil pelo Iphan.2 O presente artigoapresenta e levanta questões preliminares sobre o retorno desses ornamentos,bem como sobre a passagem desses ornamentos da esfera da “cultura”enquanto metanarrativa política para a cultura enquanto sistema simbólico,ético e estético que orienta a vida cotidiana de qualquer população humana,centrando-se nas transformações que os ornamentos experimentaram duranteo trânsito e mediações em diferentes espaços e tempos por meio deuma rede cosmopolítica extensa.

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Publicado

2012-12-07

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Martini, A. (2012). O retorno dos mortos: apontamentos sobre a repatriação de ornamentos de dança (basá busá) do Museu do Índio, em Manaus, para o rio Negro. Revista De Antropologia, 55(1). https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2012.46968