De Quilombos a quilombolas: notas sobre um processo histórico-etnográfico

Autores

  • Carlos Eduardo Marques Universidade do Estado de Minas Gerais; Faculdade de Ciências Jurídicas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-77012009000100009

Palavras-chave:

Quilombo, remanescentes de quilombo, etnografia

Resumo

Busca-se neste artigo, através de uma breve revisão, demonstrar que apesar da necessidade de se conhecer a definição histórica de quilombo, a mesma não se aplica de forma adequada à categoria de remanescentes de quilombo ou quilombolas, pois esta se refere a um processo de auto-reconhecimento feito por grupos com características étnicas que se mobilizam ou são mobilizados em torno de conquistas, entre as quais, a posse definitiva de seu território social. A categoria remanescente de quilombos é, portanto, um construto que só atinge sua plenitude na interface entre os discursos antropológico, jurídico, dos quilombolas (nativo) e dos movimentos envolvidos com a temática. E para sua correta compreensão, é necessário que se pratique a etnografia, entendida como o momento privilegiado em que se pode compreender o quilombo não apenas como um lugar definido externamente - ou seja, geograficamente determinado, historicamente construído e (talvez) documentado, ou um achado arqueológico -, mas também como um ente vivo.

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Marques, C. E. (2009). De Quilombos a quilombolas: notas sobre um processo histórico-etnográfico . Revista De Antropologia, 52(1), 340-374. https://doi.org/10.1590/S0034-77012009000100009