Quem roubou a "cultura"?: precisões conceituais e identificações não-identitárias de um "povo do samba"

Autores

  • Ana Carneiro Universidade Federal do Rio de Janeiro; Museu Nacional

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-77012009000200007

Palavras-chave:

Morro da Mangueira, Identidade Cultural, Negritude, Conceito Nativo

Resumo

O problema da definição de fronteiras para a análise antropológica coloca-se diante da necessidade de excluir e incluir o que vai compor os instrumentos de análise. Mas desdobra-se quando a investigação lida com noções como "comunidade", "identidade negra" e "cultura", que em geral operam para além da produção acadêmica e definem fronteiras que nem sempre correspondem às estabelecidas por esta. Exploraremos aqui algumas controvérsias desta ordem - conceitual e política - implicadas no uso de conceitos "compartilhados" por antropólogos e nativos. O discurso sobre a "cultura" no Morro da Mangueira será analisado em contraposição à antropologia e a uma matéria de jornal envolvendo o "povo do samba". Delineia-se assim uma particular definição "nativa" de "identidade cultural", na qual, mais do que ver a soma de aspectos comuns a um dado coletivo, se refletem modos de relacionar diferenças.

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Carneiro, A. (2009). Quem roubou a "cultura"?: precisões conceituais e identificações não-identitárias de um "povo do samba" . Revista De Antropologia, 52(2), 677-704. https://doi.org/10.1590/S0034-77012009000200007