Fantasmas, visões, estática: metáforas em sentido literal

Autores

  • Eduardo Pellejero Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Humanas Letras e Artes. Departamento de Filosofia.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i14p86-99

Palavras-chave:

Metáfora, Literalidade, Agnès Varda, Werner Herzog, Jimi Hendrix

Resumo

Colocar fora de lugar aquilo que de ordinário damos por assente, instalar o extraordinário no âmbito do familiar, dar corpo a imagens desfazem e refazem sem cessar um mundo banal, ou distorcer os símbolos sob os quais tende a ocultar-se a doação e a exigência do real, são procedimentos estéticos que devolvem o seu sentido literal à metáfora e, como tais, restituem uma potência própria da arte que passa desapercebida quando pensada sob o horizonte do sistema da representação. Procurando ser fiel às experiências de Varda, Herzog e Hendrix, o presente ensaio procura articular elementos para repensar esse conceito chave da estética, ao mesmo tempo em que visa situar a labor artística nesse cruzamento do dado e do imaginário, do involuntário e do voluntário, da realidade e do desejo.

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Biografia do Autor

  • Eduardo Pellejero, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Humanas Letras e Artes. Departamento de Filosofia.

    Professor do departamento de filosofia da UFRN

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Publicado

2020-12-03

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pellejero, E. (2020). Fantasmas, visões, estática: metáforas em sentido literal. Rapsódia, 1(14), 86-99. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i14p86-99