Efeito do exercício aeróbico e resistido no controle autonômico e nas variáveis hemodinâmicas de jovens saudáveis

Autores

  • César Cavinato Cal Abad Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Ricardo Severino da Silva Universidade Bandeirante de São Paulo
  • Cristiano Mostarda Universidade Bandeirante de São Paulo
  • Ivana Cinthya de Moraes da Silva Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Maria Cláudia Irigoyen Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1807-55092010000400010

Palavras-chave:

Efeito agudo, Exercício aeróbico, Exercício resistido, Variabilidade da frequência cardíaca, Hemodinâmica

Resumo

A prática de exercícios aeróbicos e resistidos provoca ajustes agudos e crônicos distintos. Já foram documentadas diferenças hemodinâmicas e musculares entre os exercícios; todavia, quanto aos ajustes autonômicos, os estudos são escassos e controversos. O objetivo deste estudo foi analisar as adaptações hemodinâmicas e autonômicas após uma sessão de exercício aeróbico (30 minutos, bicicleta ergométrica) e resistido (três séries de 12 repetições para os principais grupamentos musculares), em indivíduos jovens e saudáveis. Para tanto, utilizamos medidas da pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), cálculo do duplo produto e análise da variabilidade da FC (VFC) nos domínios do tempo e da frequência e a Plotagem de Poincaré. Neste protocolo, a FC durante o exercício aeróbico foi maior do que no resistido (153,32 ± 2,76 vs. 143,10 ± 3,38 bpm, respectivamente). O exercício aeróbico gerou aumento da PA sistólica durante o exercício (7,25 ± 1,97 mmHg). Já o exercício resistido provocou aumento tanto da PA sistólica quanto da diastólica durante sua execução (14,83 ± 1,53; 11,92 ± 1,69 mmHg, respectivamente). Não foi observada hipotensão pós-exercício para nenhuma das sessões. Ao comparar o exercício aeróbico com o resistido na fase de recuperação, verificamos diminuição na VFC no resistido nas variáveis: RMSSD (37,74 ± 5,30 vs. 19,50 ± 2,32), NN50 (94,13 ± 23,65 vs. 27,63 ± 6,68), PNN50 (16,10 ± 4,72 vs. 3,53 ± 0,89), SD1 (26,65 ± 3,85 vs. 13,73 ± 1,66), SD2 (88,98 ± 10,71 vs. 61,88 ± 5,49) e HF (257,25 ± 45,08 vs. 102,75 ± 18,75 ms²). Concluiu-se que, para os protocolos investigados, o trabalho cardiovascular durante o exercício foi semelhante, resultando principalmente do aumento da FC no exercício aeróbico e do aumento da PAS no resistido. No período de recuperação, o exercício resistido promoveu maior alteração autonômica, compatível com manutenção do balanço simpatovagal aumentado.

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Publicado

2010-12-01

Edição

Seção

naodefinida

Como Citar

Cal Abad, C. C., Silva, R. S. da, Mostarda, C., Silva, I. C. de M. da, & Irigoyen, M. C. (2010). Efeito do exercício aeróbico e resistido no controle autonômico e nas variáveis hemodinâmicas de jovens saudáveis . Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 24(4), 535-544. https://doi.org/10.1590/S1807-55092010000400010