Relações entre o nível de atividade física, autoestima e resiliência em pacientes com epilepsia

Autores

  • Simone Thiemi Kishimoto Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação Física, Campinas, SP, Brasil
  • Simone Appenzeller Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP, Brasil
  • Paula Teixeira Fernandes Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação Física, Campinas, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11606/1807-5509201900010039

Palavras-chave:

Educação Física, Exercício, Doença Neurológica, Sintomas Psicológicos

Resumo

A epilepsia é uma condição neurológica grave, caracterizada por crises recorrentes e espontâneas no cérebro. Devido à imprevisibilidade das crises e do preconceito existente na sociedade, alguns pacientes se isolam, prejudicando seu bem-estar físico, social e emocional. Métodos alternativos de tratamento, complementares aos medicamentosos são pesquisados com o objetivo de proporcionar uma melhor qualidade de vida a estes pacientes. Assim, pesquisas com exercício físico e atividade física mostram que a sua prática, pode proporcionar diversos benefícios na aptidão física e na saúde de pessoas saudáveis e também com diferentes tipos de doenças. Este estudo transversal tem como objetivo avaliar o nível de atividade física praticado pelos pacientes com epilepsia e comparar se os pacientes mais ativos possuem índices melhores de autoestima e resiliência. Foram entrevistados 80 pacientes com epilepsia de lobo temporal e utilizados os instrumentos: International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), Escala de Autoestima de Rosenberg e Escala de Resiliência. Os resultados mostraram que 76,2% dos pacientes foram considerados ativos apresentando assim, melhores índices de autoestima (p = 0,001) e resiliência (p = 0,003), em comparação com grupo não ativo. Observamos uma relação significativa entre o número de crises e os níveis de autoestima e resiliência, com melhores níveis de autoestima (p = 0,046) e resiliência (p = 0,032) em pacientes considerados ativos com crises semanais, em relação ao grupo não ativo. A prática de atividade física pode contribuir como um importante método terapêutico complementar ao tratamento medicamentoso na epilepsia, romovendo a melhora da autoestima e resiliência nos pacientes, proporcionando deste modo uma melhor qualidade de vida.

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Publicado

2019-04-29

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Relações entre o nível de atividade física, autoestima e resiliência em pacientes com epilepsia. (2019). Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 33(1), 39-48. https://doi.org/10.11606/1807-5509201900010039