Qualidade de vida e funcionalidade de indivíduos amputados praticantes e não praticantes de esportes

Autores

  • Aristela de Freitas Zanona Universidade Federal de Sergipe
  • Danilo Ribeiro Guerra Universidade Federal de Sergipe
  • Raphael Fabricio de Souza Universidade Federal de Sergipe
  • Rodrigo Antonio Carvalho Andraus Universidade do Norte do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/1807-5509201800010077

Palavras-chave:

Esportes, Amputação, Extremidade inferior, Qualidade de vida

Resumo

A amputação consiste na ablação total ou parcial de um membro, de forma traumática ou cirúrgica acarretando em danos físicos, psicológicos e sociais, com considerável redução da qualidade de vida (QV) e na funcionalidade em atividades cotidianas. A orientação esportiva tem sido recomendada como estratégia complementar a realibilitação e reintegração social. O objetivo do estudo foi analisar a qualidade de vida e a funcionalidade de adultos com amputação de membros inferiores praticantes e não praticantes de esportes. Foi realizado um estudo transversal composto por 45 amputados, divididos em dois grupos: esportista GE (n=23) e não esportista GNE (n=22). Os instrumentos utilizados foram o The Short Form Health Survey (SF-36) e a Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM). Para análise dos dados demográficos foi utilizado o teste qui-quadrado, T de Student para os dados paramétricos e de Mann-Whitney para os não paramétricos, adotado nível de significância p<0,05. O GE apresentou maiores escores em todos os domínios avaliados pelo SF-36 funcionamento físico (p<0,001), funções limitadas devido a saúde física (p<0,001), dor (p=0,010), estado geral de saúde (p<0,001), energia/fadiga (p=0,006) funcionamento social (p<0,001), funções limitadas devido a problemas emocionais (p<0,001) e bem estar emocional (p<0,001); da mesma forma quando avaliado o desempenho ocupacional (p<0,001) e a satisfação na performance nas atividades do cotidiano (p<0,001). Foi concluído que amputados praticantes de esportes apresentaram melhores níveis de qualidade de vida e capacidade funcional quando comparados a não esportistas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Foell J, Bekrater-Bodmann R, Flor H, Cole J. Phantom limb pain after lower limb trauma: origins and treatments. Int J Low Extrem Wounds. 2011 Dec;10(4):224-35.

Ostlie K, Magnus P, Skjeldal OH, Garfelt B, Tambs K. Mental helath and satisfaction witc life among upper limb amputees: a Norwegian population-based survey comparing adult acquired major upper limb amputees with a control group. Disabil Rehabil. 2011 Nov;33(17-18):1594-607.

Zidarov D, Swaine B, Gauthier-Gagnon C. Life habits and prosthetic profile of persons with lower limb amputation during rehabilitation anda t 3-month follow-up. Arch Phys Med Rehabil. 2009 Nov;90(11):1953-9.

Noce F, Simim MAM, Mello MT. A percepção de qualidade de vida de pessoas portadoras de deficiência física pode ser influenciada pela prática de atividade física. Rev Bras Med Esp. 2009 Mai-Jun;15(3):174-8.

Zidarov D, Swaine B, Gauthier-Gagnon C. Quality of life of persons with lower limb amputation during rehabilitation and at 3-month follow-up. Arch Phys Med Rehabil. 2009 Apr;90(4):634-45.

Lin SJ, Winston KD, Mitchell J, Girlinghouse J, Crochet K. Physical activity, functional capacity, and step variability during walking in people witch lower limb amputation. Gait Posture. 2014 Mar;(40)1:140-4.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à pessoa amputada. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.

Gallagher P, Maclachlan M. The trinity amputation and prosthesis experience scales and quality of life in people with lower limb amputation. Arch Phys Med Rehabil. 2004 May;85:730-6.

Wilhite B, Shank J. In praise of sport: promoting sport participation as a mechanism of health among persons with a disability. Disabil Health J. 2009 Jul;2(3):116-27.

Lopes MJ, Escoval A, Pereira DG, Pereira CS, Carvalho C, Fonseca C. Avaliação da funcionalidade e necessidades de cuidados dos idosos. Rev Latinoam Enf. 2013 Jan-Fev;21(Spec):1-9.

Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação e qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol. 1999 Mai-Jun;39(3):143-50.

Yazicioglu K, Yavuz F, Goktepe AS, Tan AK. Influence of adapted sports on quality of life and life satisfaction in sport participants and non-sport participants with physical disabilities. Disabil Health J. 2012;5:249-53.

Law M, Baptiste S, Carswell A, McColl MA, Polatajko H, Pollock N. Medida canadense de desempenho ocupacional (COPM). Belo Horizonte: UFMG; 2009.

Bastos SCA, Mancini MC, Pyló RM. O uso da medida canadense de desempenho ocupacional (COPM) em saúde mental. Rev Ter Ocup. 2010 Maio-Ago;21(2):104-10.

Silva. ABA, Ivo ABL. O hiato do direito dentro do direito: os excluídos do BPC. R Katál. 2011;14(1):32-40.

Kars C, Hofman M, Geertzen JHB, Pepping GJ, Dekker R. Participation in sports by lower limb amputees in the province of Drenthe, the Netherlands. Prosthet Orthot Int. 2009 Dec;33(12):356-67.

Crawford A, Hollingsworth HH, Morgan K, Gray DB. People with mobility impairments: physical activity and quality of participation. Disabil Health J. 2008;1(1):7-13.

Akarsu S, Tekin L, Safaz I, Göktepe AS, Yazicioglu K. Quality of life and functionality after lower limb amputations: comparison between uni- vs. bilateral amputee patients. Prosthet Orthot Int. 2012 Jul;37(1):9-13.

Tatar Y. Body image and its relationship with exercise and sports in Turkish lower limb amputees who use prosthesis. Science Sports. 2010 Feb;25(6):312-7.

Demet K, Martinet N, Guillemin F, Pysant J, Andre JM. Health related quality of life and related factors in 539 persons with amputation of upper and lower limb. Disabil Rehabil. 2003 Jan;25(9):480-6.

Horgan O, Maclachlan M. Psychosocial adjustment to lower limb amputation: a review. Disabil Rehabil. 2004;26(14-15):837-50.

Hicks AL, Martin KA, Ditor DS, et al. Long-term exercise training in persons with Spinal Cord Injury: Effects on strength, arm ergometry performance and psychological well-being. Spinal Cord. 2003;41(1):34-43.

Bragaru M, Dekker R, Geertzen JHB, Djkstra PU. Amputees and sports: a systematic review. Sports Med. 2011 Sep;41(9):721-40.

Lloyde CH, Steven J. Stanhope BCD, Davis IS, Royer TD. Strength asymmetry and osteoarthritis risk factors in unilateral trans-tibial amputee gait. Gait Posture. 2010 May;32:296-300.

Nolan L. Lower limb strength in sports-active transtibial Amputees. Prosthet Orthot Int. 2009 Sep;33(3):230-41.

Downloads

Publicado

2018-12-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Qualidade de vida e funcionalidade de indivíduos amputados praticantes e não praticantes de esportes. (2018). Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 32(1), 77-84. https://doi.org/10.11606/1807-5509201800010077