Fricções financeiras e a substituição entre fundos internos e externos em companhias brasileiras de capital aberto
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1519-70772012000100002Palavras-chave:
Restrição Financeira, Pecking Order, Política de Caixa, Política de Dívida, Estrutura de CapitalResumo
O presente estudo objetivou encontrar evidências dos efeitos da restrição financeira sobre a relação negativa entre fluxo de caixa e fundos externos, comportamento associado à teoria do pecking order. Esta teoria sugere que companhias sujeitas a fundos externos mais custosos (companhias restritas) deveriam apresentar uma relação negativa mais intensa relativamente às companhias sujeitas a menores fricções financeiras (companhias irrestritas). Os resultados indicam que companhias restritas apresentam sensibilidade negativa dos fundos externos ao fluxo de caixa sistematicamente menor do que a sensibilidade apresentada pelas companhias irrestritas. Adicionalmente, companhias restritas apresentam sensibilidade positiva dos fundos internos ao fluxo de caixa, enquanto companhias irrestritas não apresentaram comportamento significante. Estes resultados mantêm correspondência com os achados de Almeida e Campello (2010), sugerindo: primeiro, em razão da endogeneidade das decisões de investimento em companhias restritas, a relação de complementaridade entre fundos internos e externos prevalece sobre a relação de substitutividade sugerida pela teoria do pecking order; segundo, a relação negativa entre fluxo de caixa e fundos externos não pode ser interpretada como uma evidência associada a fundos externos custosos e, portanto, também não pode ser entendida como comportamento de acordo com a teoria do pecking order.Downloads
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