Dois contos de crise: os institutos de exceção nos EUA e na França
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2319-0558.v5i2p119-150Palavras-chave:
Estado de exceção, Estado Administrativo, constitucionalismo administrativo, Estado de urgência, circunstâncias excepcionais.Resumo
O artigo descreve os principais instrumentos jurídicos empregados pelos Estados Unidos e pela França no combate a situações de crise, tais como guerras, imigração massiva e desordenada e a expansão global de ameaças terroristas. Primeiro, apresenta o permanente confronto, nos EUA, entre o Constitucionalismo, em geral, e o Constitucionalismo Administrativo, em particular, vetores de proteção da liberdade individual e contenção do Poder, e a necessidade de preservação da ordem pública e da segurança nacional. Por conseguinte, debruça-se sobre os mais diversos institutos constitucionais, legais e jurisprudenciais desenvolvidos pela ordem jurídica francesa na tentativa de dar uma resposta aos problemas crônicos que tanta instabilidade e medo causam em sua sociedade. Ao final são feitas breves considerações acerca dos instrumentos de crise fornecidos pela ordem jurídica brasileira.
Downloads
Referências
ALTMAN, Max. Hoje na História: 1961 - Generais franceses na Argélia tentam aplicar golpe de estado. Opera Mundi, São Paulo, Abril, 2013. Disponível em: <http://operamundi.uol.com.br/conteudo/historia/28494/hoje+na+historia+1961++generais+franceses+na+argelia+tentam+aplicar+golpe+de+estado.shtml>. Acesso em: 05 jan. 2018.
AMNESTY INTERNATIONAL. Un Droit, Pas une Menace: Restrictions Disproportionnees a la Liberte de Reunion Pacifique sous Couvert de l’Etat d’Urgence en France. 2017. Disponível em: <https://amnestyfr.cdn.prismic.io/amnestyfr%2F173a8ea8-ecf5-4917-b52b-437e4e38e188_ai_rapport_un+droit+pas+une+menace_fr-embargo+31-05-2017.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2018.
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. 2 ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2013.
BANCE, Maureen. MULLER, Guillaume. Alternance politique et loi antiterroriste: vers un état d’urgence permanent? OPPEC, Décembre, 2017. Disponível em: <http://oppec.fr/alternance-politique-et-loi-antiterroriste-vers-un-etat-durgence-permanent>. Acesso em: 15 jan. 2018.
BERNICK, Evan. Lions Under Bureaucracy: Review of Adrian Vermeule, Law's Abnegation: From Law's Empire to the Administrative State (2016). Federalist Society Review, Forthcoming, February 4, 2017. Disponível em: <https://ssrn.com/abstract=2911526>. Acesso em: 20 nov. 2017.
BREYER, Stephen. The Court and The World: American Law and the New Global Realities. New York: Vintage Books, 2016.
CARCASSONNE, Guy; GUILLAUME, Marc. La Constitution introduite et commentée par Guy Carcassonne et Marc Guillaume. Preface de Georges Vedel. 12 ed. Paris: Éditions Points, 2014.
DYZENHAUS, David. The Constitution of Law: legality in a time of emergency. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
GASPARI, Elio. A Ditadura Escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
GONZÁLEZ, Alicia. França e Holanda alertam que crise migratória pode destruir a União Européia. El País, Davos, Janeiro, 2016. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/21/internacional/1453402427_686809.html>. Acesso em: 05 jan. 2018.
LONG, Marceau; WEIL, Prosper; BRAIBANT, Guy; DEVOLVÉ, Pierre; GENEVOIS, Bruno. Les grands arrêts de la jurisprudence administrative. 20 ed. Paris: DALLOZ, 2015.
MARX, Karl. O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. Tradução e notas de Nélio Schneider. 1ª ed. São Paulo: Boitempo, 2011.
METZGER, Gillian. Administrative Constitucionalism. Texas Law Review, Vol. 91, June, 2013; Columbia Public Law Research Paper No. 13-350. Disponível em: <https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2269773>. Acesso em: 20 nov. 2017.
OTERO, Paulo. Legalidade e Administração Pública: o sentido da vinculação administrativa à juridicidade. Coimbra: Almedina, 2011.
PAOLINI, Esther. MARESCHAL, Edouard de. Terrorisme: de 2012 à 2017, la France durement éprouvée. Le Figaro.Fr, Octobre, 2017. Disponível em: <http://www.lefigaro.fr/actualite-france/2017/10/01/01016-20171001ARTFIG00134-terrorisme-de-2012-a-2017-la-france-durement-eprouvee.php>. Acesso em: 05 jan. 2018.
PORTELLI, Hugues. Droit Constitutionnel. 11 ed. Paris: DALLOZ, 2015.
POSNER, Eric Andrew; VERMEULE, Adrian. The Executive Unbound: after the Madisonian republic. Kindle edition. New York: Oxford University Press, 2010.
REHNQUIST, William Hubbs. All the laws but one: Civil Liberties in Wartime. Kindle Edition. New York: Alfred A. Knopf, 2001.
SEILLER, Bertrand. Droit administratif: 2. L’action administrative. 5 ed. Paris: Champs Université, 2014.
SOUZA NETO, Cláudio Pereira; SARMENTO, Daniel. Direito Constitucional: teoria, história e métodos de trabalho. 1ª reimpressão. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
STEYN, Johan. Guantanamo Bay: the legal black hole. The International and Comparative Law Quarterly, vol. 53, No. 1, January, 2004.
VERMEULE, Adrian. Law's Abnegation: from law's empire to the administrative state. Kindle edition. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 2016.
_____________________. Our Schmittian Administrative Law. Harvard Law Review, Vol. 122, No. 4, February, 2009.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à RDDA o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License. que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista (referência à RDDA).
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).