Lazer, educação e políticas públicas em países emergentes: reflexões sobre o caso brasileiro

Autores

  • José Carlos de Almeida Moreno Universidade Estadual Paulista; Núcleo de Estudos em Preparação Profissional em Educação Física
  • Luciene Ferreira da Silva Universidade Metodista de Piracicaba; Grupo de Pesquisa em Lazer

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-7686.v4i7p28-43

Palavras-chave:

Educação, Lazer, Políticas Públicas Setoriais

Resumo

A problemática abordada neste artigo, diz respeito à não eficácia de políticas setoriais atuantes na Educação de crianças, adolescentes e jovens brasileiros, sobretudo os de classe mais desfavorecida. Sustenta-se a tese de que políticas setoriais de lazer e Educação podem instaurar um movimento educacional crítico e emancipatório, quando focam o indivíduo, a sua essência humana e a vida enquanto instância superior e primeira, ultrapassando elementos como a mercantilização e chegando ao "imercantilizável". O objetivo foi refletir, analisando as possibilidades de proposição de saltos qualitativos na Educação, através da ampliação das políticas setoriais, abordando a de lazer, como de suma importância para o processo de desenvolvimento humano. Partiu-se do pressuposto que as camadas mais favorecidas economicamente possuam, por conta do seu lócus social, mais oportunidades de formação com o lazer, mas nem estas, estão salvaguardadas, se socialmente não lhes forem garantidas legislativamente, o tempo para serem crianças, adolescentes, jovens e adultos. E nem, de usufruírem o lazer no tempo-livre, se o trabalho for o único objetivo a ser alçado ou ainda, se o lazer proporcionado for do tipo "mercadoria". O artigo resgata a necessidade de Educação para formação da pessoa, para a liberdade, fazendo escolhas por caminhos "vistos". Buscou superar a visão clássica de desenvolvimento educacional via modelos "intra muros" das escolas brasileiras, e que não se resolvem sem que haja alteração do panorama político e econômico. Alerta para a necessidade de adaptações do sistema socioeconômico para a vida do homem e não de adaptação do homem a este, o que tem gerado desequilíbrio entre as nações e na homeostase, via políticas públicas setoriais, gestadas a partir de um "todo" bem estruturado. Conclui-se que estudos sociológicos, educacionais e culturais sobre o lazer, a Educação e as políticas públicas são significativos quando abordados conjuntamente.

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Publicado

2010-02-01

Edição

Seção

Fundamentos da Educação e Alfabetização

Como Citar

Lazer, educação e políticas públicas em países emergentes: reflexões sobre o caso brasileiro . (2010). Acolhendo a Alfabetização Nos Países De Língua Portuguesa, 4(7), 28-43. https://doi.org/10.11606/issn.1980-7686.v4i7p28-43