Ecos do aristotelismo na tratadística política hispânica: teorias do direito natural e doutrinas constitucionalistas na época Moderna (1528-1612)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2020.159386

Palavras-chave:

História dos discursos políticos, Segunda Escolástica, Aristóteles, Limites do poder régio, Pacto político

Resumo

O objetivo deste estudo é analisar as implicações da matriz aristotélica-tomista na composição das doutrinas constitucionalistas presentes na tratadística política hispânica. Demonstra-se como algumas teses do direito natural, reelaboradas pelos teólogos e juristas da Segunda Escolástica, foram decisivas para a formulação das estratégias discursivas de limitação do poder régio e de afirmação do primado da lei na organização social, estando, portanto, umbilicalmente associada aos esforços constitucionalistas de ordenação do funcionamento da esfera política.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Rachel Saint Williams, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Doutora em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisadora de pós-doutorado no programa de pós-graduação em História (PPGH) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Registra-se aqui, especial agradecimento à Capes pelo financiamento recebido para execução desta pesquisa.

     

Referências

ALBERTONI, Ettore Adalberto. Pacto. In: ROMANO, Ruggiero (dir.). Enciclopédia Einaudi. Estado-Guerra. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1989, v. 14, p. 11-43.

AQUINO, Tomás. Do reino ou do governo dos príncipes ao Rei de Chipre. In: AQUINO, Tomás. Escritos Políticos de São Tomás de Aquino. Tradução de Francisco Benjamin de Souza Neto. Petrópolis: Vozes, 1995, p. 123-172.

AQUINO, Tomás. Suma Teológica. I seção, II parte. São Paulo: Edições Loyola, 2005.

ARISTÓTELES. Política. Ed. bilíngue. Trad. António Campelo Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Vega, 1998.

BOBBIO, Noberto. O positivismo jurídico: lições de filosofia do direito. São Paulo: Editora Ícone, 1995.

CALAFATE, Pedro (dir.). A Escola Ibérica da Paz; nas universidades de Coimbra e Évora (século XVI). Coimbra: Edições Almedina, 2015, v. 2.

COVARRUBIAS Y LEYVA, Diego de. Textos jurídico-políticos. Madrid: Instituto de Estudios Políticos, 1957 [primeira edição: Salamanca, 1545].

EGÍO GARCÍA, Víctor Manuel. El pensamiento republicano de Fernando Vázquez de Menchaca. Tese (Doutorado) - Universidad de Murcía. Departamento de Filosofía, 2014.

ELLIOTT, John. Constitucionalismo antigüo y moderno y la continuidad de España. Cuadernos de Alzate, n.º 33, p. 5-19, segundo semestre de 2005.

FERNÁNDEZ ALBALADEJO, Pablo. Fragmentos de Monarquía: trabajos de historia política. Madrid: Alianza Editorial, 1992.

FERNÁNDEZ SANTAMARÍA, José. Natural Law, Constitucionalism, Reason of State and War. New York: Peter Lang Publishing, 2005, 2 v.

FERNÁNDEZ SANTAMARÍA, José. La formación de la sociedade y el origen del Estado: ensayos del pensamiento político español del siglo de oro. Madrid: Centro de Estudios Constitucionales, 1997.

LLOYD, Howell. Constitutionalism. In: BURNS, James Henderson (edit.). The Cambridge History of Political Thought (1450-1700). Cambridge: Cambridge University Press, 1991, p. 254-297.

KOENIGSBERGER, Helmut Georg. Monarchies and Parliaments in Early Modern Europe: Dominium Regale or Dominium Politicum et Regale. Theory and Society, v. 5, n.º 2, p. 191-217, 1978.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto/ PUC – Rio, 2006.

GELDEREN, Martin Van; SKINNER, Quentin. Republicanism; a shared european heritage. New York: Cambridge University Press, 2002, v. 1.

GIL PUJOL, Xavier. Concepto y prática de república en la España Moderna; Las Tradiciones castellana y catalano-aragonesa. Estudis, n.º 34, p. 111-148, 2008.

MALDONADO, J. El movimiento de España: Historia de la Revolución conocida con el nombre de las comunidades de Castilla. Madrid: Imprenta de D. E. Aguado, 1840.

MARAVALL, José Antonio. Las Comunidades de Castilla: una primeira revolución moderna. Madrid: Alianza Editorial, 1984.

MARAVALL, José Antonio. Teoria española del Estado en el siglo XVII. Madrid: Centro de Estudios Constitucionales, 1997.

MARIANA, Juan de. La dignidad real y la educación del Rey. Ed. e rev. por Luis Sanchez Agesta. Madrid: Centro de estudios constitucionales, 1981.

MATTEUCCI, Nicola. Constitucionalismo. In: BOBBIO, Noberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. Brasília: UNB, 2004, p. 246-258.

MATTEUCCI, Nicola. Organización del Poder y Libertad: Historia del Constitucionalismo Moderno. Madrid: Trona, 1998.

McILWAIN, Charles Howard. Constitutionalism: ancient and modern. New York: Cornell University Press, 1947.

MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Edições Loyola, 1994.

PENA GONZÁLEZ, Miguel Anxo. La(s) Escuelas(s) de Salamanca; proyecciones y contextos históricos. In: POLO RODRÍGUEZ, Juan Luís; RODRÍGUEZ-SAN PEDRO BEZARES, Luis. Universidades hispánicas: colegios y conventos universitarios en la Edad Moderna II. Miscelánea Alfonso IX, 2009. Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca, 2013, p. 185-237.

PETERS, Richard. Hobbes. London: Penguin Books, 1956.

RUBIÉS, Joan-Pau. La ideia del gobierno mixto y su significado en la crisis de la Monarquía Hispánica. Historia Social, n.º 24, p. 57-81, 1996.

SENNELART, Michel. As artes de governar. São Paulo: ed. 34, 2006.

SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

SOTO, Domingo. Tratado de la justicia y el derecho. Vertido al castellano por Jaime Torrubiano Ripoll. Madrid, 1922 [primeira edição: Salamanca, 1556], tomo I.

SUAREZ, Francisco. Tratado de las leyes y de Dios Legislador: en diez libros. (Reproducción anastática de la edición príncipe 1612). Madrid: Instituto de Estudios Políticos, sección de Teólogos Juristas, v. II; libros III y IV, 1967.

THOMPSON, Irving Anthony A. From Reinos to Monarquía: Political association in late 16th century Spain. Tempus, revista en Historia General, Medellín, n.º 4, p. 91-110, sept.-oct./ 2016.

VÁZQUEZ DE MENCHACA, Fernando. Controversias fundamentales y otras de mas frecuentes uso: libro I. Valladolid: Talleres Tipográficos Cuesta, 1931 [primeira edição: Barcelona, 1563].

VITORIA, Francisco. Relectiones: sobre os índios e o poder civil. Brasília: UNB, 2016. (Coleção Clássicos IPRI). [De potestate civili é de 1528]

Downloads

Publicado

2020-10-15

Edição

Seção

Portugal, Espanha

Como Citar

WILLIAMS, Rachel Saint. Ecos do aristotelismo na tratadística política hispânica: teorias do direito natural e doutrinas constitucionalistas na época Moderna (1528-1612). Revista de História, São Paulo, n. 179, p. 1–27, 2020. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2020.159386. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/159386.. Acesso em: 19 abr. 2024.